Menina de 11 anos morre vítima de meningite em SC

Gravidade do caso evoluiu rapidamente e criança não resistiu.

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Foto: Arquivo pessoal/reprodução
Foto: Arquivo pessoal/reprodução

Uma menina de 11 anos morreu nesta segunda-feira (27) vítima de meningite em um hospital de Itajaí. Foram menos de cinco dias entre a data de internação e o óbito. A criança havia completado o esquema vacinal contra a doença, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica.

A criança morava em Bombinhas, no Litoral Norte de Santa Catarina, apresentou sinais de meningite e foi levada ao Hospital Pequeno Anjo. Ele teria chegado com um quadro delicado de saúde, pois a meningite bacteriana por pneumococo evolui rapidamente.

Um teste feito no Laboratório de Saúde Pública do Estado de Santa Catarina (Lacen) e confirmou a causa.

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Entre os tipos de meningite, as bacterianas são consideradas as mais graves, explicou a Diretoria. No caso da menina, não houve necessidade de nenhuma medida para prevenir que a doença se propagasse pela família, amigos e escola.

A Vigilância Epidemiológica disse também não ter sido possível determinar como a criança adquiriu a doença, mas anualmente há casos que levam a óbito. “A vacina protege contra os tipos mais frequentes de pneumococo e não em sua totalidade”, lembrou o órgão.

A imunização é feita em crianças de 2, 4 e 12 meses.

O que é a meningite

A meningite é uma inflamação nas membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, geralmente causada por infecção. Os tipos principais são a meningite viral (a mais comum) e a meningite bacteriana (menos comum).

A meningite viral é causada geralmente por vírus intestinais, que provocam diarreia. Esse tipo é mais leve e o paciente melhora sozinho em poucas semanas. Não precisa, de modo geral, de antibióticos e de internação. Não é fatal e não costuma deixar sequelas.

Já a meningite bacteriana é grave, apesar de ser mais rara. Ela pode ser causada por três tipos de bactérias: o Haemophilus influenza tipo b (Hib), o pneumococo e o meningococo. Todas elas podem ser prevenidas por meio de vacinação. As mortes registradas no Estado normalmente estão ligadas ao meningococo.

Os sintomas principais são: dor de cabeça (geralmente constante e difusa), náuseas e vômitos, sinais gerais de infecção, como febre, calafrios, dores no corpo, mal-estar. No caso da meningite bacteriana, mais grave, o paciente pode ficar sonolento, confuso e surgir lesões avermelhadas na pele.

Transmissão e prevenção

A transmissão da meningite viral ocorre por contato com pessoas portadoras do vírus (secreções orais), alimentos, água e mesmo utensílios contaminados. No caso da bacteriana, o principal meio de contágio é o contato com pacientes doentes ou mesmo portadores assintomáticos da bactéria.

Ele reside na cavidade oral e passa de pessoa para pessoa por gotículas expelidas durante a respiração e tosse. Porém, não basta ter contato com o vírus ou a bactéria, é preciso que haja uma predisposição imunológica para que o contato se manifeste como uma meningite.

A prevenção é feita com medidas gerais, como lavar as mãos, alimentar-se bem, evitar contato com secreção oral de pacientes com infecções virais ou bacterianas sem tratamento.


Fonte:

NSC Total

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