Sobreviventes do acidente pensaram que iriam morrer sufocados

Sobreviventes do acidente pensaram que iriam morrer sufocados

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Um livro com o título Ainda existe esperança, presente de um colega de quarto, estava ao lado da cama do metalúrgico Sidinei Rodrigo Kensy, 29 anos, um dos sobreviventes do acidente que matou 26 pessoas na madrugada deste sábado, em Descanso, no Oeste de Santa Catarina.

— Foi presente do um colega de quarto — informou. Mas ele conseguiu ler só um pouco do livro enquanto se recuperava num dos quartos do Hospital São Miguel, no município do mesmo nome. A aflição maior era saber como estava a mulher, Marlise Schmidt, que estava ao seu lado na hora do acidente. Com o celular na mão procurava obter informações junto aos parentes. Por volta das 11 horas ele recebeu a informação de que ela não estava entre as vítimas. — Foi a melhor notícia que você me deu — disse ao telefone, quase chorando de emoção. Sidinei teve um corte na testa e recebeu sete pontos. Mas não reclamou. Ele estava dormindo na hora do acidente e ficou preso entre os bancos do ônibus. — Foi uma gritaria, uma loucura — lembra. Ele ficou preso dentro do ônibus, entre corpos, sobreviventes e bancos, até a chegada do socorro. — Foi rápido, levou uns 20 a 30 minutos — calcula. Quando era socorrido pela ambulância, foi informado que no local havia ocorrido uma tragédia similar, anos antes. — Foi um milagre termos sobrevivido — diz seu colega de quarto e amigo, o advogado Fernando Luís Diel, de 29 anos. Sidinei e Fernando estavam no lado esquerdo do ônibus, que ao ser atingido pela carreta tombou. —Caímos por cima de quem estava no lado direito . Tinha uns dois ou três por cima de mim e eu estava por cima de três ou quatro — explica o advogado. Os bancos do lado esquerdo do ônibus foram arrancados e os passageiros jogados como bonecos. — Parecia que iríamos morrer sufocados — relata Diel. No fim ele agradeceu a Deus por ele e a mulher, Aline Hammes, terem sobrevivido. Ela foi submetida a cirurgia no Hospital São Miguel, mas não corre risco de morte. Sobrevivente foi jogada para fora do ônibus Apesar dos curativos na cabeça em virtude de um ferimento ocorrido no acidente, a auxiliar administrativa Senir Maria Loebens Schmidt era uma das poucas em condições de falar sobre a tragédia. — Não sei se passou ou se estou acordando do susto — conta. Ela lembra de ter escutado uma batida e foi jogada para fora do ônibus. — Acordei estava caída num barranco, no meio do mato. Em seguida passei a ouvir as pessoas gritando e pedindo por socorro. Um grupo de vizinhos foi auxiliar os feridos e chamou as ambulâncias. Senir subiu o barranco até o acostamento da rodovia e ficou esperando o socorro. — É triste pois a gente viajou para se divertir e acontece isso — lamentou. Ainda na manhã deste sábado, ela buscava informações do marido, que estaria em outro hospital. Do sogro e da sogra, que estavam juntos, ela não tinha notícia

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