Dois meses sem rodoviária

Esta quinta-feira marca uma data nada boa para Joacaba.

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Esta quinta-feira marca uma data nada boa para Joacaba. Há exatamente dois meses a cidade está sem um terminal rodoviário para passageiros. No dia 9 de Abril, parte do piso de uma das plataformas da rodoviária do centro cedeu e um ônibus que fazia a manobra no local ficou suspenso no buraco que se formou. Os passageiros tiveram que ser retirados do coletivo.

No mesmo dia, os bombeiros isolaram a área. O Ministério Público decidiu por entrar com um pedido de interdição do terminal. A prefeitura apresentou um laudo demonstrando que a estrutura do prédio não foi prejudicada e a justiça aceitou, já que o argumento era de que as obras seriam feitas no mais rápido espaço de tempo possível, como descreve parte da nota oficial enviada a imprensa pela administração, que explicava também as providências que estavam sendo tomadas. Na tarde, desta quarta-feira, dia 13 de abril de 2011, toda a comissão, foi ao local, para realizar uma última e conclusiva avaliação. Antecipando, neste momento o laudo, a administração informa e tranqüiliza a comunidade, que a estrutura física que dá sustentação ao prédio, não foi ou está comprometida. Assim sendo, não se constatou qualquer ruptura ou fissura na estrutura do prédio. Segundo informações da secretaria de infra-estrutura, toda a parte do projeto e orçamento das obras de recuperação, do pátio de manobras, por onde realmente passa um córrego, deverá ser concluído até o dia 15 de abril”. O prazo não foi cumprido, o problema era maior. O buraco foi aumentando e a dor de cabeça da prefeitura também. Sem contar os passageiros, que agora pegam os ônibus em tendas improvisadas em frente ao terminal. Os taxistas também foram deslocados. Os novos levantamentos apresentados pela prefeitura indicavam 60 dias para que as obras fossem concluídas. O orçamento inicial chegava a R$ 500 mil, mas foi reduzido para cerca de R$ 300 mil. Uma empresa de Joaçaba fez um projeto após receber uma carta convite da administração municipal. Toda a galeria que drena o lajeado Antinha, que passa por baixo da rodoviária, foi vistoriada em seus cerca de 105 metros. O projeto incluía a recuperação da galeria e um reforço no local. Foram repassados o valor, R$ 345 mil, e o cronograma de obras. Desta vez o prazo subiu para até 120 dias. Uma licitação está em curso para que as obras sejam iniciadas. Na última terça-feira visitamos o local. Não há sinais de qualquer tipo de obra a não ser aquelas que serviram para aumentar a cratera. Um enorme buraco que está em parte coberto por lonas, como pode ser visto na galeria de fotos desta matéria. Para evitar a visão dos passageiros, lonas pretas foram colocadas nas portas que davam acesso ao terminal. Talvez o problema da rodoviária seja muito maior do que apenas o buraco, toda estrutura já está desgastada pelo tempo. Rupturas nos pilares e paredes são visíveis, e a situação leva a uma pergunta. E o Novo Terminal? O que poderia ser a solução, na verdade se transformou em mais um problema. Abandonado, o novo terminal corre o risco de ir se deteriorando aos poucos. O aspecto daquele que deveria ser o cartão de entrada de Joaçaba, causa desânimo. O mato já começou a tomar conta de alguns espaços. Entulhos jogados em frente a plataforma mostram o desleixo com a obra. Uma cerca caindo aos pedaços causa a impressão de que por ali ninguém mais passa a muito tempo. A obra foi iniciada na administração do prefeito Armindo Haro Neto. Foram investidos R$ 1,5 milhões, R$ 1,2 milhões do Governo do Estado e R$ 300 mil de contrapartida do Município. A primeira etapa da obra teve início em julho de 2008, com cerca de 1.338,17m², de área construída, e deveria ser entregue em março de 2009, mas sofreu atrasos na fundação do prédio, onde estavam previstas sapatas, e verificou-se que eram necessárias estacas, algumas com 14 metros, o que elevou o valor da obra, exigindo mais investimentos. Outros problemas como erro de posicionamento da estrutura e o próprio tempo influenciaram nos atrasos. A administração do prefeito Rafael Laske concluiu o prédio, mas a parte dos acessos, que deveria estar pronta, ainda espera pela vinda de mais recursos. A segunda etapa, que compreende as plataformas, estacionamentos e a pavimentação, tem custo estimado até agora de mais R$ 1 milhão e 500 mil. Os atrasos também podem ser justificados por um embargo do Ministério Público. É que nascentes teriam sido aterradas pela obra. A situação foi resolvida pela administração. A nova rodoviária possui 8 guichês para compra de passagens e 10 plataformas de embarque e desembarque. A obra tem um custo total de R$ 3 milhões. O prédio possui ainda praça de alimentação, pontos de táxi, salas comerciais, sanitários amplos e adaptados aos portadores de necessidades especiais, uma sala para o escritório do DETER – Departamento de Transportes e Terminais do Estado de Santa Catarina, e um amplo estacionamento que ainda será construído. Duas rodoviárias, nem uma em condições de uso. Ao longo do dia o ederluiz.com buscará mais informações sobre a situação de cada uma. Explicações que precisam ser dadas a população.

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