Catarinense morta no Líbano voltaria ao Estado neste ano

Adolescente se mudou para país do Oriente Médio com 1 ano e 2 meses.

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Foto: GloboNews/Reprodução
Foto: GloboNews/Reprodução

Myrna Raef Nasser, catarinense de 16 anos morta em um ataque no Líbano, voltaria este ano a Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, para conhecer o lugar onde nasceu. As informações são do tio dela Ali Bu Khaled, que disse que a jovem morreu junto com o pai, irmão de Khaled.

Ela nasceu em Santa Catarina e foi para o Líbano com 1 ano e 2 meses com a família, segundo o tio, que deu entrevista para a Globonews. O Itamaraty ainda não se manifestou sobre o caso. Khaled disse que conversou este ano com o irmão sobre Myrna, dizendo que ela se destacava na escola entre os alunos da região.

"Falou que este ano a gente vai trazê-la para ela conhecer onde ela nasceu. Ela tem direito, para ela vir para cá. Ele falou ‘sim, quando ela terminar a escola vou mandar ela para ela passear com vocês'", relatou o tio.

Ele contou que a família estava em uma região alvo dos ataques no Norte do Líbano. A jovem vivia com a mãe, o pai e dois irmãos.

Ataque

Conforme o relato, a adolescente e os familiares haviam deixado a casa onde moram, por conta dos ataques, mas precisaram voltar para recolher algumas roupas e materiais escolares. Mas, quando chegaram ao local, acabaram sendo atingidos.

"Faz tempo que a guerra está lá, mas naquela cidade não tinha perigo. Começou um dia antes, aquele menino que morreu era nosso vizinho no Líbano. Ligaram para gente, converso muito com os pais dele. Chamei meu irmão, o pai da Myrna, chamei ele para falar com ele, mas ele não respondeu. Depois chamei de novo e ele não respondeu. Depois ligou outro irmão meu, falando que atacaram a casa do irmão. (...) Ele estava na cidade, na casa do sogro dele, e foi embora de lá, porque a casa dele é muito afastada. Foi ela e o pai dela buscar roupa e coisas da escola que eles tinham comprado porque iria começar a escola. Eles foram chegaram lá, que foi quando aconteceu o ataque e morreram na hora, ficaram nos escombros até o outro dia e não conseguiram tirar porque os aviões atacavam", relatou Ali Bu Khaled, ao Estúdio I.

Fonte:

G1 SC

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