A vereadora de Xaxim, Maria de Lourdes Fonini, e o marido dela, o ex-prefeito do município César Gastão Fonini, viraram réus no processo em que são acusados de serem os mandantes do assassinato do advogado Joacir Montagna, de 54 anos, em agosto de 2018. Os dois estavam presos preventivamente até a tarde desta sexta-feira (27), segundo o Poder Judiciário.

O casal é apontado como mandante do crime. De acordo com o delegado Wesley Andrade, o homicídio doloso teria sido ordenado em razão da atuação profissional da vítima como representante de parte contrária em processo cível integrado pelos dois suspeitos e por outros familiares.

O processo aguarda as defesas dos acusados para, em seguida, designar audiência de instrução e julgamento. Esta é a segunda fase do inquérito. Em julho, cinco acusados de executar o crime foram condenados. Foram três dias de julgamento que resultaram na soma de 138 anos de prisão.

A Vara Criminal de São Miguel do Oeste, aceitou a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

A vereadora e o marido foram presos temporariamente em agosto deste ano, ela em Xaxim e ele em Chapecó. Em 13 de setembro, a Justiça converteu as prisões em preventivas.

Em 3 de julho, cinco homens foram condenados à prisão por serem os executores do crime.

Relembre o caso

O crime ocorreu no dia 13 de agosto de 2018, onde os acusados saíram de Chapecó e seguiram até Guaraciaba para procurar a vítima. Outros dois envolvidos, em uma moto, anunciaram um assalto em um escritório no município, onde procuravam pela vítima. Eles teriam atirado na cabeça do advogado que morreu no local.

Os acusados teriam fugido de motocicleta, a qual foi abandonada no interior do município. Depois, eles teriam voltado de carro para Chapecó. O contratante teria pago pelo crime R$ 7,5 mil em dinheiro, além de uma arma de fogo.​