Vendedor de paçocas foi esfaqueado pelas costas em Blumenau, revelam novas imagens

Vítima recebeu pelo menos 15 facadas. Autor não falou se o morador de rua o ameaçou.

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Foto: Redes sociais, reprodução
Foto: Redes sociais, reprodução

O vendedor de paçocas assassinado em Blumenau na última sexta-feira (3) foi esfaqueado inicialmente pelas costas. É o que revelam novas imagens obtidas pelo NSC Total. A gravação de uma câmera de segurança mostra o início do ataque, quando Gleidson Tiago da Cruz, 41 anos, com a faca em punho, corre atrás de Giovane Ferreira da Silva Oliveira, de 29 anos.

O vídeo de 15 segundos registra agressor e vítima na calçada da Rua Antônio da Veiga, mas pelo lado de fora da cerca do Giassi. É possível observar na gravação que Gleidson está ao lado da filha de dois anos quando começa a atacar Giovane. A vítima corre para dentro da área do supermercado na tentativa de escapar do ataque e após uma série de golpes cai. A criança fica sozinha a alguns metros de distância.

"Percebe-se que o autor persegue a vítima e golpeia pelas costas até a vítima cair", afirma do delegado Bruno Fernando sobre a análise do vídeo.

Gleidson continua a esfaquear a vítima mesmo com o homem no chão. O relatório da audiência de custódia aponta que foram pelo menos 15 facadas. Após o homicídio, o agressor sai andando com a mão cheia de sangue, se aproxima da filha e chega a conversar com testemunhas. Ainda conforme os autos, os indícios apontam que a faca era do agressor, e não da vítima.

A Polícia Civil ainda aguarda a liberação das imagens internas do Giassi para tentar esclarecer o que provocou o ataque. De acordo com testemunhas, Gleidson estava indo em direção ao estabelecimento com a filha quando foi abordado por Giovane, que ofereceu uma paçoca à criança. Neste momento, os dois teriam discutido e, depois, o agressor entrou no supermercado.

Ao sair, houve uma nova discussão e o assassinato em plena luz do dia e na frente de várias pessoas.

O autor foi preso em flagrante. Segundo o delegado Rafael Lorencetti, Gleidson ficou em silêncio durante o interrogatório. Ele passou por audiência de custódia na tarde de sábado (4) e a prisão foi mantida. A defesa informou à reportagem que tenta recorrer da decisão. Segundo a Polícia Militar, o coordenador da abordagem social de Blumenau informou que a vítima estava em situação de rua. 

O advogado Rodolfo Warmeling, que representa o Gleidson, alegou que que a vítima teria colocado o doce “na boca da criança”, momento em que o cliente afastou o homem da menina e iniciou a discussão. A defesa alega, ainda, que o homem teria chutado o carrinho de bebê e ameaçado a família.

Apesar da tese da defesa, o juiz juiz Eduardo Passold Reis afirmou na audiência de custódia ser “inviável dizer que o indiciado agiu em legítima defesa, ao menos neste momento embrionário das investigações, porque não há nenhum elemento concreto até o momento que pudesse corroborar tal versão”.

Em relatório, a Polícia Militar, que também atendeu a ocorrência, diz que testemunhas afirmaram que a vítima teria ameaçado o investigado e a filha. A informação, no entanto, não foi confirmada pela Polícia Civil.

"Nenhuma testemunha viu e o autor ficou em silêncio no interrogatório", disse o delegado. Ainda, segundo o investigador, vítima e autor não se conheciam.

"Do que obtivemos nos depoimentos iniciais [a faca] era dele [suspeito]. Não conseguimos apontar no primeiro momento se ele comprou no mercado ou não", disse o delegado.

Fonte:

NSC / G1 SC

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