Valor da Produção Agropecuária de Santa Catarina cresce e ultrapassa os R$ 60 bilhões
A alta foi impulsionada principalmente pelo desempenho da produção animal e do setor florestal.
Referência internacional na produção de alimentos de qualidade, Santa Catarina ampliou o faturamento do setor agropecuário em 2022. O Valor da Produção Agropecuária (VPA) chegou a R$ 61 bilhões, um aumento de 13,8% em relação ao ano anterior. A alta foi impulsionada principalmente pelo desempenho da produção animal e do setor florestal. Os dados foram analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) e divulgados pela Secretaria de Estado da Agricultura nesta quinta-feira, 18.
“O que as famílias catarinenses fazem no campo é extraordinário, desde sempre. Santa Catarina é um estado pequeno, mas de trabalhadores gigantes que produzem com excelência para o Brasil e o mundo. Nosso papel, enquanto Governo do Estado, é apoiar, levar infraestrutura, qualificação, cuidar do produtor rural e manter os jovens trabalhando no campo. Por isso estamos investindo em inovação em todas as áreas, assim como no trabalho técnico e profissional que mantém o status sanitário catarinense como uma referência consolidada, abrindo portas para os mercados mais exigentes”, frisa o governador Jorginho Mello.
O produto de maior destaque da agropecuária catarinense em 2022 foi a suinocultura, com um faturamento de R$ 12,3 bilhões. A produção de suínos se tornou responsável por 20,2% do VPA catarinense, mesmo com um recuo de 3,6% em relação a 2021. Santa Catarina é o maior produtor e exportador de carne suína do Brasil e vem em um ritmo acelerado de crescimento nas vendas internacionais.
O Valor da Produção Agropecuária mostra o desempenho das lavouras, da pecuária e do setor florestal no decorrer do ano e é calculado com base na produção e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do estado.
Produção Animal
A produção animal respondeu por 59% do VPA da agropecuária de Santa Catarina. Em 2022, o faturamento do setor foi de R$ 36 bilhões, com alta de 10,4% na comparação com o ano anterior.
A avicultura, principal produto da pauta de exportações catarinenses, faturou R$ 9,7 bilhões em 2022. Seguido pela produção de leite, presente em 80% dos municípios de Santa Catarina, com um VPA de R$ 7,9 bilhões e um crescimento de 27,6% em comparação com 2021.
Outra alta importante foi no valor gerado pela produção de ovos de galinha para consumo que passou de R$ 1,1 bilhão e cresceu 39%.
Produção das Lavouras
Outro destaque do agronegócio catarinense, a produção de lavouras fechou 2022 com um VBP de R$ 21,7 bilhões e responde por 36% do faturamento total do estado. O setor teve um alta de 15,9% em comparação ao ano anterior.
A soja é o carro-chefe do setor, com um faturamento de R$ 6,6 bilhões. Logo após, aparece a produção de tabaco, com R$ 2,9 bilhões. Na fruticultura, a banana tem o maior faturamento com R$ 839 milhões e uma alta de 30,4% em relação a 2021.
Os produtores de milho também tiveram uma alta expressiva no faturamento em 2022. O VP ficou em R$ 3 bilhões, um aumento de 13,6% em relação ao ano anterior. O crescimento se repete na produção de silagem com ampliação de 50,9% batendo R$ 1,7 bilhão.
Produção da Silvicultura e Extração Vegetal
A produção de madeira e produtos florestais teve uma alta estimada de 30,9% no faturamento em 2022. O VPA do setor foi de R$ 3,3 bilhões. A produção de madeira para a indústria tem a maior representatividade com R$ 2 bilhões de valor de produção.
Destaques do agronegócio catarinense
Santa Catarina coleciona os títulos de maior produtor nacional de suínos, cebola, maçã, pescados, ostras e mexilhões; segundo maior produtor de tabaco, palmito, aves, pera, arroz; terceiro maior produtor de madeira, alho e pêssego e quarto maior produtor de uva, tilápia e leite.
O estado é livre de Cydia pomonella, considerada o pior inseto praga da fruticultura e também é o primeiro estado do país a ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação. Além disso, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de peste suína clássica.