A Universidade do Oeste de Santa Catarina está aumentando o limite de recursos para o financiamento dos cursos de graduação por meio do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES). Um aditivo ao contrato mantido com o FIES já foi feito nesta semana e outro ainda deve ocorrer, permitindo que mais estudantes possam fazer uso do programa mantido pelo Ministério da Educação.

Conforme explica o Reitor da Unoesc, Aristides Cimadon, a Universidade precisa recolher aos cofres federais um montante de aproximadamente R$ 423 mil mensais em impostos devidos. E esse é o total de recursos que pode disponibilizar ao FIES todo mês, já que o pagamento das mensalidades financiadas é feito por meio da compensação desses impostos. Hoje, o valor dos contratos de alunos com o programa chega a cerca de R$ 270 mil que são compensados mensalmente pela Universidade. Os aditivos estão ocorrendo para que se consiga chegar ao teto de R$ 423 mil mensais. O Reitor observa, no entanto, que o FIES está gerando problemas para as instituições de ensino. “Ocorre que o critério de acesso é injusto. É beneficiado quem se inscreve primeiro e não quem mais precisa. Temos alunos com posses que possuem FIES e outros que não conseguem pagar suas mensalidades e não conseguiram se inscrever”, afirma. Ele se refere ao fato de que desde o ano passado, todo estudante que tenta se inscrever para obter o FIES poderá conseguir se ainda houver recursos disponíveis para isso. Antes, os candidatos se inscreviam e havia uma seleção para apontar os que iriam contar com o financiamento. “O estudante ou o pai de estudante que precisa e não consegue o financiamento liga para o MEC e recebe a informação de que esse é um problema da instituição de ensino, enquanto a instituição apenas disponibiliza o montante de recursos que poderá ser acessado. Não é ela que escolhe os alunos e faz o contrato. É um equívoco muito grande do MEC”, diz o Reitor.