Mais uma cobra coral foi capturada após invadir uma casa no Vale do Itajaí. Este é o terceiro animal da mesma espécie encontrado em uma semana nas residências da região. Ainda nesta semana foi capturada uma jararaca de 1,30 metro em uma residência em Jaraguá do Sul.

Na tarde desta quarta-feira (27) os bombeiros foram acionadas por uma moradora de Pomerode, no Médio Vale do Itajaí, que se deparou com o animal dentro de casa, que fica no bairro Centro.

A cobra foi capturada pelos bombeiros e solta em um lugar de mata, distante da região urbanizada e segura. No último sábado (23), uma cobra coral também foi encontrada dentro da casa de um morador de Timbó. Na quinta-feira (21), um cidadão de Ibirama também já havia pedido ajuda aos bombeiros para retirar a cobra do quintal.

Comportamento natural

O biólogo e educador ambiental José Sommer explica que o aquecimento natural que ocorre depois das chuvas e no meio da primavera faz com que estes animais fiquem mais ativos.

“As cobras não passam por processo de hibernação, como acontece com alguns animais, elas ficam em um estado de dormência, mas se a temperatura aumenta elas rapidamente passam a ser ativas e a buscar alimentos”, esclarece.

No entanto, Sommer afirma que não é preciso ter tanto medo destes animais, afinal a maioria não é peçonhenta, ou seja, não tem como inocular o veneno na presa.

Quanto às peçonhentas, o biólogo afirma que as corais registram um número baixo de acidentes – menos de 1% do total de casos no Brasil. A espécie que mais provoca acidentes é a jararaca, sendo responsável por mais de 90% dos casos; a segunda é cascavel, que provoca cerca de 7% dos acidentes com répteis.

A orientação de Sommer é evitar matar o animal, mas sempre acionar serviços especializados que possam fazer a captura segura, como os bombeiros. Em caso de acidentes, basta levar uma foto da cobra para que os médicos saibam qual soro deve ser aplicado.