O temporal registrado na noite de sábado (26) atingiu a cidade de São Miguel do Oeste, no Extremo-Oeste catarinense. Casas foram destelhadas e estradas que dão acesso a duas comunidades do interior também ficaram obstruídas após quedas de árvores. Outras cidades da região também foram atingidas, como Itapiranga e Nova Erechim.

Conforme o secretário de Obras de São Miguel do Oeste, Claudir Xavier, nesta manhã de segunda-feira (28) vai acontecer uma reunião com a Defesa Civil do município para averiguar os estragos causados pelo vento forte.

Até o momento, 12 casas foram atingidas, segundo o secretário. De acordo com a Defesa Civil de Santa Catarina, em São Miguel do Oeste havia sido registrado 31 mm de chuva até o domingo (27).

Horas após o temporal, as equipes da secretaria auxiliaram na abertura de estradas que dão acesso às comunidades Oito de Março e Dois Irmãos. Em uma propriedade, um galpão recém-construído foi bastante danificado.

“Logo após o temporal iniciamos com ajuda às famílias. Tivemos estradas obstruídas por árvores e, inclusive, alguns moradores ficaram sem energia. A equipe da Celesc trabalhou para restabelecer a energia e nós da secretaria auxiliamos na limpeza das estradas”, explica o secretário.

A reportagem do ND+ tentou contato com a Defesa Civil municipal nesta manhã de segunda-feira, porém até o fechamento desta reportagem não havia recebido detalhes das ocorrências registradas em razão do temporal.

Barracão destruído

Gelmir Bacchi, morador há 32 anos da comunidade Dois Irmãos, ainda contabiliza os prejuízos. Somente um barracão, que fica a cerca de 20 metros de distância de sua casa, os estragos somam R$ 150 mil.

Segundo o agricultor, era por volta das 22h40 quando começou a ventania. Ele estava em casa com a esposa Rosane e o vento forte durou um minuto.

“Não deu tempo nem para se assustar, foi muito rápido e sentimos que a casa tremeu. A gente olhou para fora de casa e o barracão estava destruído. Gastei R$ 150 mil na construção desse barracão há cerca de dois anos”, conta o morador.

O barracão de mil metros quadrados abriga máquinas agrícolas. Além do prejuízo na estrutura, os veículos também foram atingidos.