Sequestro em Caçador consta no dossiê da Acadepol

Sequestro em Caçador consta no dossiê da Acadepol

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A Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Adepol) entregou ao Tribual de Justiça de SC nesta sexta-feira, 29, um dossiê com 20 volumes denunciando supostas ilegalidades em procedimentos adotados pela Polícia Militar. O documento cita falhas, usurpação de função e desrespeito aos direitos humanos por parte da PM.

De acordo com reportagem publicada no Clicrbs, um dos casos relatados no dossiê é com relação ao sequestro a uma adolescente de 14 anos no começo do mês de junho, em Caçador. Durante o crime, antes da chegada da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) à cidade, policiais militares teriam tentado negociar com o sequestrador. Assim como o comando geral da Polícia Militar de Santa Catarina, o comando do 15º Batalhão de Caçador não irá de pronunciar em relação ao dossiê. Porém, o tenente coronel Álvaro Luiz Lopes falou com a reportagem do Caçador Online sobre a atuação dos militares no sequestro. Lopes negou que houve negociação por parte da PM. “A Polícia Militar fez o trabalho cumprindo sua missão constitucional que é a Polícia administrativa, atendendo um flagrante, pois o sequestro é um crime continuado”, explicou. Ele lembrou que num primeiro momento os policiais agiram procurando o cativeiro e autor do crime, e depois atirando contra o autor já que ele, ao ser encontrado, reagiu a ordem de prisão e tentou investir com um facão contra os PMs. A Polícia Militar não se pronuncia sobre o caso por entender que o posicionamento é apenas da Adepol e não da Polícia Civil. O delegado-geral, Aldo D'Ávila, informou, por meio de nota oficial, que "não há qualquer tipo de conflito entre as instituições", apenas algumas divergências que "podem ser objeto de discussão e solução". O secretário de Segurança, César Grubba, adiantou que falhas por parte da Polícia Militar são pontuais e devem ser apuradas. Para o vice-presidente da associação, delegado Carlos Diego, as falhas apontadas no dossiê são graves e cada vez mais frequentes. Segundo ele, quem perde com os procedimentos errôneos que vêm sendo adotados pela PM é o cidadão, pois atrasa o início da investigação pela Polícia Civil e pode até impossibilitar a abertura de inquérito.

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