A previsão para a primeira quinzena de julho é de tempo atípico em Santa Catarina. Segundo a Epagri/Ciram, a expectativa é que até o dia 15 deste mês não tenha chuva nem frio intensos no Estado, o que é incomum para a época.

No mesmo período do ano passado, mais precisamente no dia 30 de junho de 2020, houve a formação de um ciclone explosivo, o chamado “ciclone bomba”, que deixou estragos em Santa Catarina. O fenômeno é considerado o pior desastre com ventos da história do Estado. Pouco mais de um ano depois, a previsão é de tempo seco para os próximos dias.

Nesta segunda-feira (5), terá sol na maioria das regiões, com mais nuvens no Litoral em parte da manhã e à noite, especialmente na Grande Florianópolis ao Litoral Norte. As temperaturas vão se manter elevadas durante o dia, principalmente no Oeste.

O mesmo deve se repetir neste terça-feira (6), com nuvens e nevoeiros no amanhecer do Planalto e no Litoral Sul. Já na Grande Florianópolis e Litoral Norte, h/á variação de nuvens na maior parte do dia, com nebulosidade baixa e chuvisco no início da manhã e fim da tarde.

Na madrugada e amanhecer desta terça, as temperaturas seguem baixas nas áreas altas do Planalto Sul, com geada isolada. Terá a formação de uma massa de ar seco no Sul do país, com circulação marítima da Grande Florianópolis ao Litoral Norte de Santa Catarina.

O que aconteceu para a formação do “ciclone bomba”?

Segundo a meteorologista Laura Rodrigues, da Epagri/Ciram, as mesmas características de clima se repetem nas estações do ano, como as frentes frias, que “passam por uma frequência semanal”. Enquanto a fenômenos, como o “ciclone bomba”, há muitas variações.

“Os fenômenos não se repetem em cada ano na mesma data. Em alguns períodos, como no outono e inverno, nós temos as massas de ar frio, mas elas não ocorrem no mesmo período nem com as mesmas características”, garante.

Conforme o meteorologista também da Epagri/Ciram, Marcelo Martins, em entrevista ao ND+ no início de maio, um ‘ciclone bomba’ pode ser previsto apenas cinco dias antes de sua formação.

“Na verdade, o ciclone explosivo corre devido à alta variação de pressão em um intervalo de 24 horas, que pode ocasionar mudanças repentinas no tempo de uma região. A duração é rápida e com efeitos intensos, associados a chuvas, quando próximo à costa, e rajadas de ventos fortes”, disse.

Quando o tempo muda?

A previsão da Epagri/Ciram é que uma frente fria deve passar por Santa Catarina a partir do dia 17 de julho, com chance de chuva em todas as regiões, especialmente no Litoral.

A temperatura estará em elevação, com madrugadas frias e temperaturas baixas nas áreas altas do Estado, em especial no Planalto Sul. Mesmo assim, não há previsão de frio intenso no período.