SC tem menor taxa de desemprego do país no 1º trimestre de 2022, segundo IBGE
Taxa de desemprego no Estado foi de 4,5%, menos da metade do dado médio nacional que foi de 11,1%.
Santa Catarina registrou a menor taxa de desemprego do país no 1º trimestre de 2022, segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgados na última sexta-feira (13), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa de desemprego em SC foi de 4,5%, menos da metade do dado médio nacional que foi de 11,1%. Foi o menor percentual registrado no Brasil ao lado do Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).
Os dados apontam 181 mil pessoas desempregadas no Estado, 9 mil a mais que no 4º trimestre de 2021.
O painel da PNAD detalha ainda que em Santa Catarina há 5,064 milhões de pessoas em idade de trabalhar, das quais 3,990 milhões fazem parte da força de trabalho. Dessas, 3,8 milhões estão empregadas, o que resulta na taxa de 4,5% de desemprego em SC.
Em comparação com o trimestre anterior, a taxa de desocupação ficou estável em 26 Estados. As maiores taxas de desemprego foram as da Bahia (17,6%), de Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%).
O número de pessoas ocupadas no país ficou em 95,3 milhões, composto por 67,1% de empregados, 4,3% de empregadores, 26,5% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,0% de trabalhadores familiares auxiliares.
Santa Catarina também registrou o maior percentual de empregados com carteira assinada no setor privado no 1º trimestre de 2022: 88,2%. No país, o dado foi de 74,1%.
A taxa de informalidade no 1° trimestre de 2022 no país ficou em 40,1% da população ocupada. Santa Catarina registrou a menor taxa, ficando em 27,7%. A maior taxa foi registrada no Pará (62,9%).
Rendimento médio
De acordo com a PNAD, no primeiro trimestre deste ano, o rendimento médio mensal recebido pelos trabalhadores do país foi estimado em R$ 2.548, um aumento de 1,5% em relação ao último trimestre de 2021 (R$ 2.510).
Esse valor, porém, é 8,7% menor que o do 1º trimestre do ano passado (R$ 2.789).
Desocupação entre homens e pessoas brancas fica abaixo da média nacional
A PNAD Contínua trimestral mostra também que enquanto as taxas de desocupação das pessoas brancas (8,9%) e de homens (9,1%) ficaram abaixo da média nacional (11,1%), as das mulheres (13,7%) e de pessoas pretas (13,3%) e pardas (12,9%) continuaram mais altas no primeiro trimestre deste ano.
A desocupação por faixas de idade também ficou estável no período, frente ao trimestre anterior. Mesmo no caso dos jovens de 18 a 24 anos (22,8%), que tradicionalmente têm elevadas taxas de desocupação, não houve crescimento, acompanhando o panorama nacional.
“São jovens ainda em processo de formação, que não têm uma inserção muito efetiva no mercado de trabalho, ocupando, muitas vezes, trabalhos temporários. Eles entram e saem do mercado com mais frequência. Muito em função de, às vezes, terem que compatibilizar estudos com trabalho. Há ainda outros aspectos estruturais, como pouca experiência e qualificação. Por isso, estão rotineiramente pressionando do mercado”, analisa a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.