SC atinge 21 casos confirmados de varíola dos macacos
Maior parte dos pacientes mora em Florianópolis.
Santa Catarina chegou a 21 casos confirmados de varíola dos macacos, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) neste sábado (6). A maior parte deles é de moradores de Florianópolis. A Secretaria de Estado da Saúde já confirmou que há transmissão comunitária da doença, ou seja, quando não é mais possível identificar o local onde a pessoa foi infectada.
No total, são 20 pacientes homens e uma mulher. Eles têm idades entre 23 e 54 anos. Confira abaixo o número de casos por cidade.
Florianópolis
- 9 casos
- sexo: masculino (todos)
- Idades: 23 a 34 anos (23, 29, 30, 30, 30, 31, 31, 31 e 34)
Abelardo Luz, no Oeste
- 1 caso
- sexo: feminino
- Idade: 54 anos
São João Batista, na Grande Florianópolis
- 1 caso
- sexo: masculino
- Idade: 25 anos
Balneário Camboriú, no Litoral Norte
- 1 caso
- sexo: masculino
- Idade: 35 anos
Blumenau, no Vale do Itajaí
- 3 casos
- sexo: masculino (todos)
- Idade: 26, 28 e 50 anos
Joinville, no Norte
- 3 casos
- sexo: masculino (todos)
- Idade: 26, 29 e 39 anos
São José, na Grande Florianópolis
- 1 caso
- sexo: masculino
- Idade: 32 anos
Brusque, no Vale do Itajaí
- 1 caso
- sexo: masculino
- Idade: 23 anos
Leoberto Leal, na Grande Florianópolis
- 1 caso
- sexo: masculino
- Idade: 31 anos
O estado de saúde dos pacientes não foi divulgado.
O que é a varíola dos macacos?
Trata-se de doença causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família do vírus da varíola humana.
Os casos dessa infecção eram relativamente comuns na África Central e na África Ocidental, especialmente em regiões com florestas tropicais. Mais recentemente, o número de casos parece ter aumentado também em áreas urbanas.
Apesar do nome, os principais hospedeiros desse vírus na natureza são roedores. Mas primatas não humanos também são afetados por esse tipo de varíola.
Sintomas
De modo geral, os sintomas mais comuns são:
- febre
- dor de cabeça
- dores musculares
- dor nas costas
- gânglios (linfonodos) inchados
- calafrios
- exaustão
Entre 1 e 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.
Formas de transmissão
A varíola dos macacos é transmitida quando alguém tem contato próximo com as lesões de pele, as secreções respiratórias ou os objetos usados por uma pessoa que está infectada. Até agora, o patógeno não foi descrito oficialmente como uma infecção sexualmente transmissível, mas a doença pode ser passada durante a relação sexual pela proximidade e o contato pele a pele entre as pessoas envolvidas.
Transmissão entre homens preocupa
A Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou preocupação com o fato de a maioria dos casos notificados de varíola dos macacos terem ocorrido entre homens que fazem sexo com homens. Em 27 de julho, a entidade fez um alerta para este público, mas ressaltou que o risco de contrair a doença não está restrito a apenas um grupo.