Quatro municípios do Oeste decretam situação de emergência por conta da estiagem

Situação mais grave está no Extremo-Oeste do Estado; prefeitos se reuniram para discutir e avaliar os impactos da estiagem na região.

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Estiagem no Extremo-Oeste (Prefeitura de São João do Oeste/Divulgação/ND)
Estiagem no Extremo-Oeste (Prefeitura de São João do Oeste/Divulgação/ND)

A estiagem que afeta Santa Catarina levou a quatro municípios do Oeste e Extremo-Oeste do Estado a decretarem situação de emergência. São eles: Palma Sola, Santa Terezinha do Progresso, São João do Oeste e Planalto Alegre. Apenas uma cidade encaminhou o pedido de homologação à Defesa Civil, os demais apenas notificaram o órgão. 

Santa Terezinha do Progresso 

No início deste mês, o município de Santa Terezinha do Progresso, com 2,4 mil habitantes, decretou situação de emergência — único que está em analise de homologação pela Defesa Civil, até a tarde desta segunda-feira (16). De acordo com secretário de Administração, Rodrigo Perosso, a área rural enfrenta a situação mais crítica. 

Há 40 dias, 105 propriedades recebem auxílio do município para a abertura de poços e limpeza de nascentes. Destas, aproximadamente 50 famílias necessitam do abastecimento de água potável com caminhão pipa, pois, as medidas emergenciais não foram suficientes. 

Além disso, segundo o secretário, o município também realiza o fornecimento de água para o manejo dos animais. Em Santa Terezinha do Progresso não chove há cerca de 90 dias. 

São João do Oeste

Na última sexta-feira (13), a Prefeitura de São João do Oeste também decretou situação de emergência, com vigência de 180 dias. Desde o dia 23 de agosto o município realiza o transporte de água até a Estação de Beato Roque, para o abastecimento. 

Ainda conforme o decreto, a estiagem se estende há três meses e tem provocado a redução do nível de água dos rios, córregos, mananciais e poços no município. “Muitos destes já se encontram sem água”, pontuou o prefeito Fernando Bisigo. 

A seca nos mananciais também tem comprometido o abastecimento de água para o consumo humano, no município de aproximadamente 6,3 mil habitantes. Com o decreto, a prefeitura proibiu o uso de água tratada para regar grama, hortas, bem como, lavar carros e calçadas. Haverá fiscalização para coibir desperdícios.

Palma Sola 

O município de Palma Sola também decretou situação de emergência, na sexta-feira (13). De acordo com coordenador da Defesa Civil municipal, Douglas Fernando Ribeiro, nos últimos três meses choveu apenas 46 milímetros. “Em setembro, nestes 16 dias, foram apenas seis milímetros”, disse.

Planalto Alegre 

O último município a decretar situação de emergência foi Planalto Alegre, com 2,8 mil habitantes. O ofício emitido nesta segunda-feira destaca que o baixo volume de chuva não foi suficiente para mudar o cenário de estiagem, o que compromete o armazenamento de água potável para o consumo humano. 

Reunião da Ameosc

Os prefeitos dos 19 municípios pertencentes à Ameosc (Associação dos Municípios do Extremo-Oeste) se reuniram, nesta segunda-feira, para discutir e avaliar os impactos da estiagem na região. A reunião foi convocada pelo presidente da entidade e prefeito de São Miguel do Oeste, Wilson Trevisan. 

O relatório desse encontro – com a situação de cada município – será usado para encaminhamentos administrativos e busca de soluções que amenizem a situação. Também será avaliado o decreto de situação de emergência a nível regional. 

Neste período de baixa precipitação, São Miguel do Oeste, por exemplo, registrou apenas cerca de 120 milímetros, quando a média mensal é de 140. A falta da chuva afetou principalmente a pecuária de leite, onde as pastagens não se desenvolveram adequadamente ou secaram, fontes de água estão com os níveis baixos e produtores e prefeituras precisam agir para manter o abastecimento. 

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