Projeto de regularização fundiária feito por diplomada da Unoesc é aplicado no município de Irani
Projeto irá beneficiar famílias de baixa renda.
A diplomada do curso de Engenharia Civil da Unoesc Joaçaba, Thiza Ferreira, está colhendo os frutos de um trabalho desenvolvido durante sua graduação. O projeto de regularização fundiária de interesse social (Reurb-S) feito por ela está sendo executado pela prefeitura de Irani.
De acordo com Thiza, a ideia do projeto surgiu nas aulas de estágio supervisionado, disciplina que é voltada à pesquisa. Tendo afinidade com as áreas de topografia, mapeamentos e meio ambiente, ela teve a ideia de utilizar em seu estudo, o loteamento de famílias de baixa renda existente no município e que apresenta problemas fundiários e ambientais.
— Foi um desafio porque, na Engenharia, normalmente fazemos um projeto, o adequamos as normas vigentes e então executamos. Nesse caso, o "projeto" já está executado e precisamos adequar a realidade às normas vigentes — afirmou.
O trabalho desenvolvido por Thiza foi embasado no conjunto de normas gerais e procedimentos chamado Reurb Lei 13.465/2017. A partir da aprovação da ideia em sala de aula, ela entrou em contato com a prefeitura de Irani, que apostou no potencial do projeto, repassou as informações para sua confecção e agora o está implantando.
— Sou a coordenadora do projeto, que é interdisciplinar e envolve as áreas da engenharia, meio ambiente, social e jurídico da Prefeitura. Estamos na fase de implantação, que chamamos de Instauração da REURB, e levará cerca de seis meses para ser finalizada — explicou a diplomada.
Após implantado, o projeto trará melhoria das condições urbanísticas do bairro, por meio da drenagem pluvial e abertura de novas vias, melhoria das condições ambientais, com a proteção da área de preservação permanente (APP) do Rio que passa no local, haverá aumento da tributação do município, que poderá cobrar IPTU dessas novas unidades, aquecimento do mercado imobiliário, controle de invasões, integração do bairro à cidade formal e ainda, irá titular cada morador, ou seja, registrar no nome de cada um seus respectivos terreno e casa.
— Esse projeto tem cunho social e me dedico a ele porque acredito na democratização do conhecimento e que a formação, seja qual for, deve servir para contribuir com a melhoria da realidade que vivemos — finalizou a acadêmica.