Professora é acusada por pais de desviar dinheiro de viagem de alunos no Oeste
A investigação policial deve esclarecer o destino dos recursos e o que motivou o cancelamento repentino da viagem.
Pais de pelo menos 40 alunos do Colégio Estadual Deodoro, localizado no centro de Concórdia, registraram Boletins de Ocorrência após o cancelamento de uma viagem programada para esta quinta-feira, dia 24, com destino à região de Foz do Iguaçu. A professora responsável pela organização da viagem é acusada de se apropriar dos valores pagos, alegando não ter mais o dinheiro necessário para a realização do passeio. Os valores somariam aproximadamente R$ 20 mil.
A viagem de estudos marcaria a comemoração da conclusão do ensino fundamental no Colégio Deodoro. Os pais consideram o caso grave e estão tratando a situação como um possível crime de estelionato, uma vez que os alunos e suas famílias se prepararam ao longo do ano para a excursão, que não ocorrerá. Além do prejuízo financeiro, há relatos de dano moral aos estudantes, que estavam ansiosos pela viagem.
A responsabilidade da escola também está sendo questionada, já que a professora teria agido em nome da instituição e, conforme os pais, com autorização da direção para organizar o evento. As vítimas pedem uma investigação rigorosa para apurar os fatos e assegurar os direitos dos alunos, além de responsabilizar os envolvidos.
A investigação policial deve esclarecer o destino dos recursos e o que motivou o cancelamento repentino da viagem. Segundo informações, a professora teria desviado o dinheiro da viagem, afirmando em mensagem enviada aos pais em um grupo de WhatsApp que supostamente teria emprestado o valor a uma terceira pessoa, que não o teria devolvido. O caso também será informado ao Ministério Público nesta quarta-feira, dia 23.
NOTA OFICIAL
A direção da escola emitiu um comunicado sobre as viagens de estudos, esclarecendo que todas foram aprovadas conforme os critérios da Portaria 3205 de 04/12/2023. O projeto atendeu a todas as exigências e foi acompanhado de perto pela instituição.
A professora responsável, que possui fé pública, emitiu os recibos de pagamento e o documento registrado em cartório, conforme exigência nacional. Ela assumiu total responsabilidade pelo projeto e pela viagem.
Importante ressaltar que a empresa contratada não manifestou qualquer inadimplência até a véspera da viagem, o que impediu a escola de intervir a tempo. A direção da escola está tomando todas as medidas administrativas necessárias, inclusive registrando um Boletim de Ocorrência.
A escola afirma que não está se omitindo de suas responsabilidades e está empenhada em garantir que os pais sejam ressarcidos pela professora, que cometeu a irregularidade. Assim como os pais e alunos, a instituição também foi lesada.
A direção enfatiza que essa situação é um fato isolado e não reflete o padrão da escola, que sempre prioriza a segurança e o bem-estar de seus alunos. “A negligência ocorre quando um problema é identificado e nada é feito. Assim que soubemos da situação, seguimos imediatamente as orientações legais necessárias”, conclui o comunicado.