Preço da gasolina em SC pode cair até R$ 0,29 nas bombas a partir desta quinta, dizem postos
Queda ocorre depois que a Petrobras tirou a paridade internacional dos preços.
O preço da gasolina pode baixar até R$ 0,29 em Santa Catarina a partir de quinta-feira (18), segundo levantamento de sindicatos de combustíveis do Estado. A queda ocorre após a Petrobras anunciar o fim da paridade internacional dos preços, o que significa que o valor do combustível não será mais definido pelo mercado externo (dólar) e, sim, pela estatal, a partir do mercado interno.
A medida passa a valer para as distribuidoras a partir desta quarta-feira (17), mas deve chegar nas bombas até o fim da semana.
A última redução da gasolina havia sido anunciada pela Petrobras no fim de fevereiro, já a redução do diesel ocorreu em abril. Com os novos valores, os combustíveis estão nos menores preços desde agosto de 2021. Não houve redução do etanol.
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Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de derivados de Petróleo de Blumenau e região (Sinpeb), Júlio Cesar Zimmermann, a mudança deve representar aumento nas vendas e, por isso, é considerada positiva para os postos, mas destaca Mesmo assim, ainda há um receio:
"A preocupação é que quando o dólar subir, o petróleo vai subir também e a Petrobras vai ter que acompanhar, porque não dá pra comprar em dólar e vender em reais."
"A gente perdeu o referencial de como é feito o aumento, até então era o dólar, e agora não sei como isso será feito no futuro", complementa vice-presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis de Florianópolis (Sindópolis), Joel Fernandes.
De acordo com Fernandes, qualquer redução é “excelente para os postos”, porque aumenta o poder de compra do consumidor.
Entenda a mudança
Desde 2016, os preços dos combustíveis no Brasil eram vinculado aos valores do mercado internacional, tendo como referência o preço do barril de petróleo em dólar. Eram somados também custos de frete de navios, logística interna de transporte e taxas portuárias, além de uma margem de remuneração de riscos, como a mudança na taxa de câmbio, por exemplo.
A estatal, portanto, não tinha autonomia para mudar os preços que chegavam ao consumidor. Com a nova mudança, a Petrobras não deixa de levar em conta o mercado internacional, mas o fará com base em outras referências, como o mercado interno.