Porto União vive terceira pior enchente em 100 anos e mais de 200 moradores seguem em abrigos
Moradores precisaram até comprar barcos para se locomover.
Mesmo com a trégua da chuva nos últimos dias, a cidade de Porto União, na divisa entre Santa Catarina e o Paraná, segue sofrendo com os impactos da enchente e pelo menos 220 moradores seguem em abrigos do município. A situação na cidade já é considerada a terceira pior dos últimos 100 anos, com estragos ao longo de todo o mês de outubro que, agora, permanecem nos primeiros dias de novembro.
De acordo com a prefeitura, o Rio Iguaçu segue subindo e, nesta quarta-feira (1º), atingiu 7,57 metros. O número é menor que o pico de 8,30m registrado semanas atrás, mas ainda está muito acima do normal. As primeiras famílias de Porto União são atingidas a partir de 5,5m e, na marca de 6m, o município entra oficialmente em situação de enchente.
Como o Rio Iguaçu recebe águas de toda a bacia, que vem do Paraná, a situação em Porto União sofre variações mesmo em dias sem chuva no município. Nos últimos dias o rio chegou a baixar de nível e alguns moradores até conseguiram voltar para casa, mas precisaram sair novamente.
O bairro mais atingido na cidade é o Santa Rosa, onde 698 casas foram atingidas pela cheia. Segundo a prefeitura, em toda a cidade 814 famílias se cadastraram para o atendimento alegando estarem em áreas alagadas da cidade. Nesta quarta-feira, ao menos 220 moradores ainda estão nos dois abrigos fornecidos pelo poder público.
No bairro Santa Rosa, vários moradores estão ilhados e conseguem sair de casa apenas em barcos. Há o caso até de quem precisou comprar pequenos botes para conseguir se locomover nos últimos dias.