Polícia Civil indicia oito pessoas pelo assalto ao aeroporto em Santa Catarina
Foram roubados R$ 9,8 milhões, sendo considerado o maior roubo já registrado no Estado.
A Polícia Civil anunciou nesta segunda-feira, 13, a Operação Aeroporto 1, que identificou e indiciou oito pessoas pelo roubo ao Aeroporto Quero-Quero, em Blumenau. Dos oito envolvidos indiciados, cinco estão presos, inclusive o responsável por organizar e reunir os assaltantes.
A maioria do grupo é formada por criminosos de São Paulo. O assalto aconteceu em 14 de março de 2019. Na ocasião, uma jovem de 22 anos foi morta e dois vigilantes da empresa de valores foram gravemente feridos. Foram roubados R$ 9,8 milhões, sendo considerado o maior roubo já registrado em Santa Catarina.
O trabalho de investigação foi realizado pela Divisão de Roubos e Antissequestro (DRAS) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) e pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Blumenau.
“Foram oito meses em que os assaltantes planejaram o crime. E nós, cumprindo a nossa missão, estamos agora dando a satisfação à sociedade e iremos continuar a trabalhar. A população pode confiar na sua polícia e aqueles que transgridem a legislação não devem duvidar das forças de segurança do Estado de Santa Catarina, porque nós estamos trabalhando”, destacou o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial e Delegado Geral, Paulo Koerich, em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, na Deic.
Segundo o delegado Anselmo Cruz, a Operação Aeroporto 1 está relacionada à conclusão da primeira fase da investigação, em que foram identificadas e indiciadas oito pessoas. Destas, quatro atuaram na pista do aeroporto com fuzis AK 47 e com munição calibre .50. Entre os envolvidos também está um funcionário da empresa de vigilância, que repassou informações aos assaltantes.
“Esses criminosos são responsáveis pelos maiores assaltos no Brasil nos últimos anos. Acreditamos que no roubo em Blumenau atuaram ao menos 15 criminosos. Estamos montando um quebra-cabeça de mais de 20 mil peças, um trabalho muito grande e complexo da Polícia Civil de Santa Catarina que está sendo feito com integração entre outras polícias, a Polícia Federal e o Ministério da Justiça. São criminosos interestaduais e até com atuação internacional”, ressaltou o delegado da DRAS/DEIC, Anselmo Cruz.
Os crimes pelos quais serão responsabilizados são latrocínio (roubo seguido de morte), tentativas de homicídios contra dois vigilantes, associação criminosa, posse de material explosivo, porte de armamento pesado, entre outros. Os investigadores não têm dúvidas que os bandidos agiram no assalto para matar os vigilantes – foram disparados ao menos 15 tiros contra o carro-forte.
A polícia apurou que o dinheiro levado saiu de Santa Catarina e foi para São Paulo. Na fuga, os bandidos usaram uma ambulância e um caminhão de lixo para levar o dinheiro e o armamento. O mesmo grupo também agiu em um assalto no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Nos próximos dias, um novo inquérito policial será aberto pela Deic para apurar o envolvimento de mais pessoas.
Também participaram da entrevista coletiva o diretor da Deic, delegado Luis Felipe Fuentes, e o delegado da DIC de Blumenau, Rodrigo Raitez.