Pacientes atendidos por falso médico estão sendo reavaliados

Pacientes atendidos por falso médico estão sendo reavaliados

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Os pacientes de Tangará que foram atendidos por Fernando Monteiro Ramos, preso na terça-feira (04) acusado de exercício ilegal da profissão de médico, estão sendo reavaliados pela equipe de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (06) pela secretária de saúde do município, Zildete Denardi.

Ela confirmou que, embora o contrato de trabalho de Monteiro não tenha sido efetivado e nem lhe atribuído qualquer função remunerada na Unidade Central de Saúde, ele chegou a atender alguns pacientes monitorado por outros profissionais do posto. Segundo a secretária, foi em conseqüência de atitudes estranhas de Monteiro no atendimento destes pacientes que surgiu a desconfiança de que ele poderia não ser médico. “Ele tinha umas atitudes no atendimento que não condizem com a conduta médica e, além disso, apresentava desculpas para protelar a apresentação de todos os documentos; foram essas atitudes suspeitas que nos levaram a antecipar a investigação da documentação e a constatar que ele não era a pessoa que dizia ser”, afirma. Depois de constatar que os documentos apresentados por Monteiro eram de outra pessoa a secretária comunicou o fato ao gabinete do prefeito e foi orientada a encaminhar o caso para a polícia. “Nós acionamos a polícia até para fazer uma investigação mais apurada das constatações que levantamos e no final todas as nossas suspeitas foram confirmadas”. Fernando Monteiro Ramos utilizava o registro no CRM ( Conselho Regional de Medicina) de um médico com o mesmo nome e que atua em Florianópolis. De acordo com Zildete Denardi, ele chegou a fazer exame de admissão utilizando os documentos falsos e quando surgiu a suspeita, o processo de tramitação do contrato foi suspenso sem ele saber. “Nós o mantivemos na unidade desde segunda-feira, quando a polícia já estava no caso, para que pudéssemos ter certeza de que se tratava de um falso médico; neste período ele atendeu alguns pacientes, mas sempre monitorado pelos nossos profissionais; se agíssemos de outra maneira certamente ele desconfiaria e poderia ter fugido”, esclarece. O falso médico não chegou a realizar procedimentos complexos em razão do monitoramento de outros profissionais do posto, no entanto todas as pessoas que foram atendidas por ele estão sendo chamadas para uma reavaliação e para a substituição de medicamentos que eventualmente ele tenha receitado. “Quando ele atendeu os primeiros pacientes ainda não tínhamos a suspeita, por isso ele chegou a receitar alguns medicamentos os quais estamos reavaliando agora”. A secretária de saúde fez questão de esclarecer a população que a checagem de documentos das pessoas que ingressam nos cargos ou funções nas unidades de saúde é uma medida padrão em Tangará, exatamente para manter a qualidade do serviço prestado. “Fomos vitimas tanto quanto as pessoas que foram atendidas, mas não fomos omissos e fizemos o que tinha que ser feito; o caso mostrou que nosso sistema de aferição de documentação é eficiente e a população pode ficar tranqüila que dificilmente outro caso destes venha a acontecer, até porque vamos redobrar a atenção”, garante.

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