A nova linhagem BA.2.86 do coronavírus pode ser mais capaz de causar infecção em pessoas que já tiveram Covid-19 ou foram vacinadas, se comparada a variantes mais antigas. A informação é do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos. Segundo o órgão, é muito cedo para saber se isso pode causar doença mais grave, em relação a cepas anteriores.

Devido ao alto número de mutações detectadas nessa linhagem, havia preocupações sobre seu impacto na imunidade de vacinas e infecções anteriores, disse a agência. Os cientistas estão de olho na linhagem BA.2.86 porque ela tem 36 mutações que a distinguem da variante XBB.1.5 atualmente dominante. O CDC, no entanto, disse que as amostras de vírus ainda não estão amplamente disponíveis para testes laboratoriais mais confiáveis de anticorpos.

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No início deste mês, a agência havia dito que estava rastreando a linhagem BA.2.86, altamente mutante, que foi detectada nos Estados Unidos, Dinamarca e Israel. O CDC disse na quarta-feira que o aumento atual nas hospitalizações nos Estados Unidos provavelmente não é impulsionado pela BA.2.86.

A nova linhagem foi detectada na Suíça e na África do Sul, além de em Israel, Dinamarca, EUA e Reino Unido, de acordo com uma autoridade da OMS (Organização Mundial da Saúde). A ramificação da ômicron carrega diversas mutações em partes importantes do vírus em comparação com a XBB.1.5, cepa dominante durante a maior parte de 2023 —um número aproximadamente equivalente à variante ômicron que causou infecções recordes em comparação com sua antecessora.

Ela foi detectada pela primeira vez na Dinamarca em 24 de julho, depois que o vírus que infectava um paciente em risco de ficar gravemente doente foi sequenciado. Desde então, foi detectada em outros pacientes sintomáticos, em exames de rotina em aeroportos e em amostras de águas residuais em alguns países.

Os cientistas estão testando até que ponto as vacinas para a Covid-19 atualizadas funcionarão contra a BA.2.86. Kerkhove observou que as vacinas têm sido melhores na prevenção de doenças graves e morte do que na reinfecção.