Uma nova classe de insulina injetável administrada semanalmente mostrou ser tão eficaz quanto as injeções diárias para o controle do diabetes tipo 1 e tipo 2. Estudos recentes, publicados no New England Journal of Medicine e apresentados na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, confirmam que a insulina efsitora alfa, desenvolvida para ser aplicada uma vez por semana, proporciona uma gestão eficaz e segura do açúcar no sangue, semelhante às insulinas de uso diário, como a degludec.

Na pesquisa que envolveu 928 pacientes com diabetes tipo 2 que nunca haviam recebido terapia com insulina, os participantes foram divididos aleatoriamente para receberem a insulina semanal ou a diária por um período de 52 semanas. Os resultados mostraram que ambos os grupos tiveram uma redução similar nos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c), um indicador chave de controle glicêmico. A insulina efsitora reduziu os níveis de HbA1c de 8,21% para 6,97%, enquanto a degludec, de 8,24% para 7,05%​(Med Xpress).

Além de ser igualmente eficaz, a nova injeção semanal tem o potencial de melhorar a adesão ao tratamento. Muitos pacientes com diabetes tipo 2 têm dificuldades com a frequência das injeções diárias, o que pode levar a um controle glicêmico inadequado. A opção semanal reduz a carga de injeções e pode incentivar mais pessoas a iniciarem e manterem o tratamento adequado.

No entanto, há algumas considerações a serem feitas. Apesar de a insulina semanal ser geralmente segura, o estudo revelou um risco ligeiramente maior de episódios de hipoglicemia moderada a grave em comparação com a insulina diária. Esse fator sugere que pode ser necessário monitoramento adicional para alguns pacientes durante o ajuste ao novo regime de tratamento​(The Pharmaceutical Journal).

A introdução da insulina de aplicação semanal marca um avanço significativo na terapia do diabetes, com potencial para transformar o gerenciamento da doença e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. À medida que novas pesquisas e ajustes no uso da insulina efsitora alfa são realizados, espera-se que esta opção se torne uma escolha popular entre pacientes e médicos.