Municípios do Oeste são selecionados para pesquisa sobre alfabetização de crianças

Professores de dez cidades catarinenses serão ouvidos para a criação de políticas educacionais.

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 Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Nesta semana, o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, anunciou a realização de uma pesquisa nacional que permitirá compreender qual é o nível esperado de alfabetização de uma criança ao final do 2º ano do ensino fundamental. 

O estudo escutará professores alfabetizadores para compreender os conhecimentos e as habilidades de uma criança alfabetizada, além de subsidiar, com parâmetros técnicos claros, o planejamento e a execução de uma política nacional de alfabetização. Outro objetivo do Ministério da Educação (MEC) é entender como essa alfabetização ocorre em cada realidade e compatibilizar os padrões.  

O ministro da Educação destacou a importância dos professores no processo de alfabetização ao falar sobre a contribuição da pesquisa para obter subsídios técnicos que permitam o desenvolvimento de uma política educacional de combate ao analfabetismo no Brasil. “O Brasil é um dos países mais desiguais do planeta. Nossa missão é reconstruir e implementar políticas e programas que busquem a justiça social. Temos um compromisso com a educação básica”, afirmou.

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A pesquisa será realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao MEC, por meio de metodologia baseada na consulta de especialistas, durante o período de 15 a 23 de abril 2023, em cinco capitais, que reunirão representantes de 291 municípios. A previsão é que os resultados da pesquisa sejam entregues em maio.  

Aplicação

Em Santa Catarina, dez municípios foram selecionados para integrar o grupo de pesquisa, todos com bons resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). São ele: Arabutã, Blumenau, Garopaba, Iporã do Oeste, Irineópolis, Joinville, Luzerna, Paial, Palmeira e São João do Oeste.

Ao todo, participarão da pesquisa 341 professores alfabetizadores, representantes de secretarias municipais de educação de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. A aplicação da pesquisa será concentrada em cinco capitais-sede, sendo uma por região: Belém (PA); Recife (PE); Brasília (DF); São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS).  

O presidente do Inep, Manuel Palácios, salientou que os dados permitirão fazer comparativos em escala nacional. “Mais do que fixar metas quantitativas e qualitativamente entenderemos como se encontram, hoje, as habilidades de escrita e a fluência em leitura das nossas crianças”, informou.  

Metodologia

O Inep apresentará aos professores tarefas elaboradas com referência no nível de conhecimento esperado de estudantes do 2º ano do ensino fundamental em língua portuguesa, considerando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Os docentes deverão responder, a partir das suas experiências e de seus conhecimentos, se estudantes alfabetizados são capazes de realizar as tarefas apresentadas.  

Serão avaliadas as seguintes habilidades: domínio das convenções gráficas, conhecimento do alfabeto, decodificação de palavras e textos, fluência e rapidez na leitura, produção textual com autonomia, apropriação da língua portuguesa.  

A primeira etapa ocorrerá com os professores alfabetizadores que estão na sala de aula e trabalham diretamente com as crianças. Nesse momento, o estudo contará com o apoio da Universidade de Brasília (UnB) e utilizará o método Angoff, que consiste no julgamento do nível de dificuldade dos itens que compõem a avaliação, por um grupo de especialistas.  

Na sequência, os resultados serão analisados junto a outras evidências derivadas dos testes de língua portuguesa do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) aplicados no 2º ano do ensino fundamental (parâmetros psicométricos dos itens, matriz e escala da avaliação), em painel de especialistas que indicarão a linha de corte nacional para a alfabetização na idade certa.

Fonte:

Com informações, Governo Federal

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