Ministério libera vacina bivalente contra a Covid para todo o grupo prioritário
Até então, gestantes e profissionais da saúde, por exemplo, não podiam receber o imunizante.
O Ministério da Saúde decidiu neste sábado (18) que todas as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários para o reforço com a vacina anti-Covid bivalente poderão recebê-la a qualquer momento. Inicialmente, havia um escalonamento dos subgrupos.
"Nós já temos todas as vacinas, e a gente pode adotar aquela estratégia em bloco, quer dizer, todo mundo que está no grupo prioritário pode comparecer à unidade de saúde, observando, na sua cidade, como está sendo essa chamada", disse a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel.
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A decisão ocorreu após reunião com representantes do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) e do Conasems (Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde), também neste sábado.
A conclusão foi que o governo já tem todas as doses da vacina bivalente da Pfizer necessárias para imunizar cerca de 18 milhões de pessoas que integram os grupos.
São eles:
• idosos de 60 anos ou mais;
• pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos (ILP e RI) e seus trabalhadores;
• pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos;
• indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos);
• gestantes e puérperas;
• trabalhadores da saúde;
• pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos);
• população privada de liberdade e adolescentes em medidas socioeducativas;
• funcionários do sistema de privação de liberdade.
Até então, os primeiros a ser chamados haviam sido apenas idosos com mais de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
Ethel ressaltou ainda que "os municípios poderão criar as próprias estratégias [de vacinação] dentro desses grupos prioritários".
A secretária avalia que a mudança busca acelerar a vacinação contra a Covid-19 no Brasil.
A vacina
O imunizante bivalente da Pfizer em uso no Brasil foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em novembro de 2022, após a comprovação de segurança e eficácia.
A nova versão oferece uma proteção adicional contra a variante Ômicron do coronavírus, que atualmente é a predominante.
A vacina é destinada somente para uso como reforço em quem tenha completado o esquema primário (pelo menos duas doses) há mais de três meses.
Os grupos prioritários da vacinação foram escolhidos pelo Ministério da Saúde levando em conta indivíduos que têm maior risco de complicações se forem infectados pelo coronavírus ou que estão mais expostos, como os profissionais de saúde.
Um estudo realizado em Israel mostrou que as vacinas bivalentes reduziram em 81% o número de hospitalizações por Covid-19 em idosos acima de 65 anos.
Também houve redução de 86% do risco de morte nessa faixa etária, segundo a pesquisa, que analisou dados de mais de 500 mil pessoas.