Mais de 900 focos de queimadas são registrados em agosto em Santa Catarina

Número é 12,9% maior do que a média para o mês; focos devem reduzir em setembro por conta do tempo mais úmido.

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Bombeiros no meio da mata para apagar incêndio no Rio Vermelho – Divulgação/CBMSC/ND
Bombeiros no meio da mata para apagar incêndio no Rio Vermelho – Divulgação/CBMSC/ND

A Defesa Civil divulgou nesta terça-feira, 3, um balanço sobre os incêndios florestais em Santa Catarina. Conforme os dados do satélite de referência divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram detectados 939 focos de queimadas no último mês no Estado. O mês de agosto, no entanto, tem uma média de 831 focos. Levando em consideração o balanço, o aumento foi de 12,9%.

Queimadas no Rio Vermelho – CBM-SC/Divulgação/ND
Queimadas no Rio Vermelho – CBM-SC/Divulgação/ND

Segundo a Defesa Civil, o clima seco favorece a incidência dos incêndios florestais e queimadas. Neste ano, destaca-se a estiagem observada no estado, que contribuiu ainda mais para o cenário.

O mês de setembro, no entanto, começou com tempo instável, nebulosidade e chuva em todo o Estado em decorrência da atuação de uma frente fria. Por conta disso, além das condições de tempo dificultar a ocorrência de queimadas, a nebulosidade não permite a identificação destes eventos por imagens de satélite.

Segundo os modelos meteorológicos, a previsão para esta semana é de bastante variação de nebulosidade, devido à umidade um pouco mais elevada, com períodos de chuva fraca associada a instabilidades passageiras, especialmente no Leste. Os ventos sopram do quadrante sul, amenizando as temperaturas em relação à semana anterior.

Já no Oeste, há períodos de melhoria e elevação das temperaturas, mas intercalam com dias um pouco mais úmidos. Estas condições de tempo dificultam a ocorrência de focos de queimadas, como indicados pelo índice de perigo de incêndio. A tendência para esta primeira quinzena de setembro é de tempo úmido e bastante variação de nebulosidade, com a passagem de três frentes frias.

Os índices de perigo calculados pelo INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) corroboram com as condições de tempo atuais, com as projeções indicando baixo risco de incêndio na maior parte do estado. Destaca-se apenas de forma pontual, entre a Grande Florianópolis e Litoral Sul, risco grande de foco de queimada.

Reprodução/ Defesa Civil/Inpe/ND
Reprodução/ Defesa Civil/Inpe/ND

Já pela metodologia desenvolvida pelo Inpe, apesar das condições de tempo, não é descartado o risco de incêndio, especialmente no Oeste, com risco médio a alto. No Litoral Sul, Planalto Norte e Planalto Sul, também apresentam áreas de alto risco de foco de incêndios. Vale destacar que em relação à semana anterior, houve uma diminuição considerável no risco de incêndio, que apresentava risco crítico em áreas mais amplas de Santa Catarina.

Situação dos Rios e Bacias Hidrográficas

A persistência da condição de estiagem caracterizada pelo baixo acumulado de volume de chuva dos últimos 3 meses deixou níveis de rios baixos afetando o abastecimento de água em alguns municípios.

Dentre as bacias hidrográficas com maior déficit hídrico, destacam-se as localizadas nas regiões Extremo Oeste, Oeste, Meio Oeste, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Litoral Sul. No período entre junho a agosto, pôde-se observar a diminuição nos volumes de precipitação e menor disponibilidade hídrica nos rios e poços das regiões citadas.

Diante deste cenário, a Defesa Civil alerta a população catarinense para situação de estiagem no Estado, e recomenda o uso racional e consciente da água.

Fonte:

ND+

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