A Unoesc promoveu na quinta-feira (03), a Live “Pessoas com deficiência e o mercado de trabalho: vamos falar sobre isso?”. O evento faz parte de um projeto idealizado pela universidade, com apoio do INSS, Ministério Público do Trabalho e Programa Trabalho Seguro da Justiça do Trabalho e teve como objetivos explicar sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho e esclarecer qual o papel de cada um dos agentes envolvidos no programa que é desenvolvido na Unoesc e no Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST).

Primeiramente, a coordenadora do Programa de Inclusão Profissional de Pessoas com Deficiência da Unoesc, Candice C. Stumpf comentou sobre o que é o Programa de Inclusão Profissional. Segundo a Lei n. 8.213/1991, as empresas com mais de 100 empregados devem contratar cotas mínimas de pessoas com deficiência ou reabilitadas pela Previdência Social e a Unoesc, não só busca cumprir essa lei como também desenvolve campanhas e ações informativas que buscam ressaltar a importância da inclusão.

— Nossa equipe avalia os casos visando incluir a pessoa na vaga e faz também o acompanhamento pós-inclusão para que haja a completa adaptação. O Programa vale para novos colaboradores e também para quem já é funcionário e de alguma forma pode se encaixar na condição de pessoa com deficiência (PCD) — afirmou Candice.

O Procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) Anderson Luiz Corrêa da Silva explicou sobre a Lei de Cotas, ressaltando que a obrigação legal vai além de preencher as vagas determinadas, buscando principalmente oportunizar que as pessoas possam mostrar seu potencial e possam ter sua dignidade restabelecida por meio do trabalho.

Já, a Juíza do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Lisiane Vieira, destacou que há dificuldades quanto à inclusão no mercado de trabalho, porém, programas de inclusão como esse da Unoesc, fazem a diferença.

— Quando se busca uma assessoria especializada, com profissionais que conseguem estabelecer as competências e habilidades de cada PCD para então encaminhar para a vaga, o cenário muda. Afinal, mais importante que oferecer a vaga é adaptar a vaga para essas pessoas — disse a Juíza.

QUEM PODE SE INCLUIR NO PROGRAMA?

Ainda durante a live, a Assistente Social do INSS de Joaçaba Marisa Magali Maieski Wames comentou sobre três categorias de trabalhadores que podem ser inseridas como PCDs. A primeira delas: trabalhadores que passaram pelo serviço de Reabilitação Profissional e possuem esse certificado fornecido pelo INSS, os que recebem auxílio acidente porque ficaram com sequelas definitivas e neste caso podem trabalhar sem perder o benefício. E, os que recebiam o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e tiveram seu benefício cessado pela superação do critério de renda e tendo condições para o trabalho, também podem ser inseridos no mercado formal na condição de PcD.

Quem deseja mais informações sobre o programa pode entrar em contato pelo e-mail [email protected] , pelo Telefone/WhatsApp (49) 988357321 ou o RH do campus da Unoesc mais próximo.

— A Unoesc pretende com esse esforço ir além de realizar inserções no mercado de trabalho e sim, contribuir com a transformação cultural da sociedade. Isso está alinhado com nossa missão enquanto instituição comunitária e com o nosso compromisso social. Queremos, juntamente com todos os envolvidos no programa, e por meio da campanha que estamos lançando, colocar este assunto em pauta, promovendo o debate visando a mudança de percepções e comportamentos em benefício e acolhimento de todos os cidadãos — finalizou o coordenador Geral de Pesquisa, Pós-graduação, Extensão e Inovação da Unoesc, professor Jovani Steffani.

A live pode ser assistida na íntegra acessando a página da Rádio Unoesc FM.