Jogador do Oeste que está na Turquia fala sobre situação após terremoto
Passou de 11 mil o número de mortos. Mais de 23 milhões podem ser afetados.
O jogador Ronaldo Mendes, que é de Paial, cidade do Oeste Catarinense, joga atualmente em um time da Turquia e estava no país no dia do terremoto. A região onde ele reside não foi atingida com impacto pelo tremor registrado na segunda-feira (6). A reportagem da rádio Belos FM, de Seara, conversou com ele, que contou como está a situação naquele país.
"Aqui, graças a Deus, nossa cidade não foi atingida, teve um pouco de tremor. Mas nada que vá prejudicar a cidade. O tremor mais forte foi a 800km daqui. O pessoal tá muito assustado, muita gente desaparecida ainda. Todo mundo ajudando, os clubes do país inteiro, todos comovidos. É complicado, difícil ver de peto. Tem jogadores de outras equipes que estão mortos, desaparecidos. A gente torce, reza, para que o resgate consiga achar o pessoal".
Mais de 11 mil mortes
Pelo menos 11.104 pessoas morreram na Turquia e na Síria após o terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a região na segunda-feira (6). O número de mortos subiu para 8.574 na Turquia, segundo o que disse o vice-presidente do país, Fuat Oktay, em entrevista coletiva nesta terça-feira (7). Outras 50.000 pessoas estão feridas.
Na Síria, o número de mortos é de ao menos 2.530, e os feridos ultrapassam 4.654. Mais de 48 horas após o terremoto e apesar do frio na região, as equipes de resgate ainda buscam por sobreviventes nos escombros.
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Mais de 23 milhões podem ser afetados
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que cerca de 23 milhões de pessoas podem ser afetadas pelo forte terremoto que atingiu a Síria e a Turquia na segunda-feira (6), deixando mais de 11.000 mortos, informou a CNN nesta manhã.
“Os mapas gerais de eventos mostram que potencialmente 23 milhões de pessoas estão expostas, incluindo cerca de 5 milhões de populações vulneráveis, sendo mais de 350.000 idosos e 1,4 milhão de crianças”, disse o oficial sênior de emergências da OMS, Adelheid Marschang, à reunião do conselho-executivo da agência de saúde das Nações Unidas (ONU) em Genebra.
O chefe da OMS expressou sua preocupação com a situação, chamando-a de “corrida contra o tempo”.
“Estamos especialmente preocupados com as áreas onde ainda não temos informações”, disse Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS. “O mapeamento de danos é uma maneira de entender onde precisamos focar nossa atenção”.
Imagens dos esforços de resgate em ambos os países surgiram na segunda-feira, com familiares lamentando a perda de entes queridos, enquanto outros comemoraram o encontro de sobreviventes nos escombros de edifícios destruídos.