Israel declara guerra após ataque surpresa do Hamas

Mais de 200 mortes são reportadas.

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Foto: AFP
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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou guerra após o Hamas lançar um ataque surpresa e de grande escala neste sábado (7), numa ação que já é considerada uma das maiores ofensivas contra o país nos últimos anos. Ao menos 40 israelenses morreram, e autoridades dizem que o número de vítimas pode aumentar. Pouco depois, ao menos 198 palestinos foram mortos numa retaliação de Tel Aviv.

Em mensagem de vídeo, Netanyahu disse que o grupo extremista islâmico que controla a Faixa de Gaza pagará "um preço sem precedentes" pela ofensiva, que teria usado mais de 5.000 foguetes. "Estamos em guerra. Esta não é uma operação simples", afirmou.

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A ofensiva surpresa, que acontece exatamente 50 anos após o início da Guerra do Yom Kippur, combinou a infiltração de homens armados em cidades israelenses com uma saraivada de foguetes, disparados da Faixa de Gaza. Segundo as Forças Armadas de Israel, dezenas de militantes se infiltraram por terra, mar e ar, alguns dos quais com a ajuda de parapentes.

Trata-se de uma infiltração sem precedentes de um número desconhecido de homens armados do Hamas em Israel a partir de Gaza, e uma das mais graves escaladas no conflito israelo-palestino em anos. O último grande conflito entre Israel e Hamas foi uma guerra de 10 dias em 2021.

Pelo menos 40 israelenses foram mortos nos ataques, e outros 750 ficaram feridos, segundo os serviços de ambulâncias de Israel. Os números devem aumentar.

Foto: AFP
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Também de acordo com a imprensa de Israel, cerca de 50 israelenses foram feitos reféns pelo Hamas no kibut de Beeri, próximo à fronteira com a Faixa de Gaza. Para a emissora Al Jazeera, um dos líderes do Hamas, Saleh Al-Arouri, afirmou que há vários oficiais entre os capturados.

A imprensa israelense relatou tiroteios entre bandos de combatentes palestinos e forças de segurança em cidades do sul de Israel. O chefe da polícia de Israel disse que houve "21 cenas ativas" no sul de Israel, indicando a extensão do ataque.

Em Gaza, o barulho dos lançamentos de foguetes pôde ser ouvido e os moradores relataram confrontos armados ao longo da cerca de separação com Israel, perto da cidade de Khan Younis, no sul, e disseram ter visto um movimento significativo de combatentes armados.

Também em Gaza, as pessoas correram para comprar mantimentos, antecipando os dias de conflito que se avizinham. Alguns deixaram suas casas e foram para abrigos.

O Hamas disse que a ofensiva foi motivada pelos "ataques crescentes" de Israel contra os palestinos na Cisjordânia, em Jerusalém e contra os palestinos nas prisões israelenses. O comandante militar do grupo, Mohammad Deif, anunciou o início da operação numa transmissão nos meios de comunicação do Hamas, apelando aos palestinos de todo o mundo para que lutassem. "Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação na Terra", disse ele.

Fonte:

Folha de S. Paulo

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