Homem é condenado por abusar sexualmente da enteada e da sobrinha na comarca de Joaçaba
Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina e sentenciado a mais de 47 anos de reclusão em regime fechado.
Uma adolescente desesperada procura a psicóloga da escola para pedir ajuda. Há mais de três anos, ela é abusada sexualmente pelo padrasto. O Conselho Tutelar é acionado e faz a escuta especializada da vítima. As investigações revelam que o homem armazena imagens íntimas dela no celular e que também abusou da sobrinha menor de 14 anos. Ele é denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e vai para a prisão.
O caso aconteceu na Comarca de Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense. O homem, um ex-agente de segurança, foi condenado a 47 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado por três crimes: constranger alguém, mediante violência grave ou ameaça, a ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso; estuprar vulnerável; e armazenar cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo adolescente. Ele não poderá recorrer em liberdade.
Os abusos contra a enteada aconteceram entre 2020 e 2023. Segundo consta nos autos, o réu exercia uma forte autoridade sobre a menina e usou a superioridade física e econômica para exigir favores sexuais. Ele invadia o quarto da vítima durante a noite para satisfazer a lascívia e instalou câmeras de segurança na casa para monitorá-la além de fazer fotos e vídeos dela nua. As ameaças e represálias faziam parte da rotina.
Anos antes, o homem ofereceu carona para a sobrinha menor de 14 anos e deu várias voltas tentando convencê-la a satisfazê-lo sexualmente. Durante o trajeto, ele passou a mão nas pernas da menina, tentou beijá-la a força e a ameaçou caso contasse o episódio a alguém, gerando grande temor na vítima.
A Promotora de Justiça Francielli Fiorin, da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joaçaba, exalta a coragem da enteada e o acolhimento da psicóloga. "A adolescente vivia um contexto doméstico hostil, totalmente dominado pelo medo, mas mesmo assim pediu ajuda à psicóloga da sua unidade de ensino. A coragem da vítima e o preparo da profissional possibilitaram que aquela violência parasse e que o agressor fosse processado e agora receba a punição devida", concluiu.