O esquema criminoso milionário, que foi desvendado pela Polícia Civil, teve mais um desdobramento em Blumenau, no Vale do Itajaí. Na tarde deste sábado (10), a Polícia Militar realizou uma operação para capturar um foragido da investigação que identificou a fraude.

As investigações iniciaram após a atuação da PM no mês de setembro, quando conseguiu interceptar e resgatar duas funcionárias bancárias que estavam sendo mantidas reféns.

Naquela oportunidade, a PM, em rápida resposta, realizou cercos na cidade de Blumenau e conseguiu abordar o veículo, resgatando as vítimas, ocasião em que um dos autores do crime atirou contra os policiais militares, os quais reagiram, baleando o assaltante que morreu no local.

Após a investigação, apurou-se que, na verdade, o objetivo dos envolvidos era roubar os notebooks do banco que estavam com as vítimas para “hackear” contas bancárias. Algumas pessoas foram presas na última quinta-feira (08) pelo envolvimento no crime, entretanto, um deles não havia sido encontrado.

De posse de informações de Inteligência, o 10º Batalhão de Polícia Militar em Blumenau tomou conhecimento do foragido e levantou dados, verificando que o agente pretendia realizar mais um roubo na região. O crime foi antecipado pela PM e o suspeito foi detido.

O homem de 31 anos era considerado perigoso, e já possuía passagens por tráfico de drogas e roubo. A prisão aconteceu na região Norte de Blumenau.

Investigações

O inquérito policial revelou que a organização criminosa atua em todo o Brasil. Do Rio de Janeiro, hackers, com a ajuda e aliciamento de colaboradores de instituições financeiras, conseguem transferir valores a contas bancárias. Segundo a Polícia Civil, mais de 2,6 milhões de reais foram roubados de diversas contas bancárias pelos criminosos.

O roubo, teve um participante fundamental para que ocorresse: o gerente do banco em que as vítimas trabalhavam.

Ele ficou responsável por repassar informações privilegiadas ao grupo, como as senhas e logins de acesso ao sistema do banco e a rotina pessoal das vítimas, inclusive no dia do crime. Tudo isso com a promessa de recompensa no valor de R$ 500 mil.

Um empresário e ex-jogador de futebol profissional, com passagens pelo Paulista de Jundiaí, em São Paulo, e clubes do exterior, também estava envolvido no esquema.

Segundo as investigações, ele foi a pessoa que intermediou o contato entre os dois investigados acima e instigou o gerente a aceitar a proposta, também com objetivo de ganhar uma porcentagem dos valores subtraídos do banco.