Filho acusado de matar pai e madrasta é condenado a 60 anos de prisão
Crime aconteceu no interior de Porto União. O casal foi morto a tiros.
O filho acusado de ter matado o pai e a madrasta, que foram encontrados enterrados no quintal da casa no interior de Porto União, Norte de Santa Catarina, foi condenado a uma pena de 60 anos, 10 meses e 20 dias de prisão, em regime inicialmente fechado, por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.
A sentença foi confirmada na última semana pelo Tribunal de Justiça de SC. O homem está preso e não tem o direito de recorrer em liberdade. O crime aconteceu em outubro de 2023, na localidade de São José do Maratá, zona rural de Porto União. De acordo com a denúncia, o réu invadiu a casa do pai e, sem que o mesmo e sua companheira pudessem esboçar qualquer reação, atirou diversas vezes nas vítimas.
Ivo Romano, 63 anos, e Rita Zanelle, 68 anos, ficaram desaparecidos entre 22 a 26 de outubro do ano passado. Eles foram encontrados por parentes, a cerca de 400 metros da casa, nos fundos da propriedade. Os corpos estavam enrolados em lonas plásticas.
Antes de fugir, o filho ainda roubou cartões bancários, com os quais realizou saques em agências da cidade. Quando foi detido, ele estava com passagens compradas para embarcar para São Paulo na noite de quinta-feira, o que levanta a hipótese de que estaria tentando fugir.
Conforme o delegado Saul Bogoni Junior, que iniciou as investigações, o filho foi visto por vizinhos arando a terra com um trator a cerca de 400 metros da casa onde o casal vivia, no mesmo local em que os cadáveres estavam.
A ação levantou suspeita de testemunhas porque estava fora da época de plantio. Foram os próprios familiares que fizeram buscas e acharam as vítimas no local.
As duas vítimas tinham um relacionamento de pouco mais de um ano e moravam sozinhos no terreno, na comunidade de São José do Maratá.
Com informações do G1/SC