A perícia do local onde a enfermeira Eugênia Orzechowski foi esfaqueada confirmou que o autor confesso, seu ex-companheiro Orlando Truylio, 48 anos, estava no local antes do crime. “Ele chegou e ficou esperando a vítima chegar e desferiu a facada sem possibilidade de defesa”, diz o delegado de polícia da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, André Luiz Bermudez Pereira.

A enfermeira morreu na UTI do Hospital Salvatoriano Divino Salvador (HSDS) em decorrência de uma facada no pescoço. Truylio confessou ter desferido a facada na enfermeira logo após se entregar para Polícia Militar (PM), momentos depois do crime. O corpo foi sepultado em cruz Machado (PR), cidade natal da enfermeira após ser velado em Videira. O delegado frisa que a perícia apontou que Eugênia estava dentro do automóvel, Truylio se aproximou e desferiu a facada de lado, atingindo uma artéria. “Ele disse que empurrou a enfermeira para dentro do carro, mas isso não foi apontado pela perícia”. A polícia espera a conclusão do laudo cadavérico que deverá acontecer ainda neste semana, para ter certeza de onde a facada acertou. “Só depois de termos o laudo cadavérico saberemos qual veia ou artéria foi atingida pela faca”. De acordo com o delegado, a arma do crime também será periciada. Para isso, a faca está sendo remetida para o Instituto de Análise Forense do Instituto Geral de Perícias (IGP) em Florianópolis. “Desta maneira, saberemos se a faca foi realmente o instrumento utilizado no crime e se existem vestígios de sangue”. Truylio vai responder por homicídio qualificado, por motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima. Ele foi preso preventivamente na terça-feira, dia 2, após ser monitorado pela Polícia Civil. “A prisão foi motivada pela gravidade do homicídio e da possibilidade de Truylio ameaçar outras testemunhas ou mesmo agredir o filho mais velho da vítima.