Dia Nacional da Obesidade: 69% dos adultos de SC têm excesso de peso

Para tratar a doença, o sistema público de saúde de SC conta com uma rede de assistência e presta atendimento multiprofissional.

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Dia Nacional da Obesidade: 69% dos adultos de SC têm excesso de peso

O 11 de outubro é marcado como o Dia Nacional da Obesidade, uma data que busca aumentar a conscientização sobre essa condição crônica não transmissível (CCNT), que afeta pessoas de todas as idades. A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretora de Atenção Primária à Saúde (DAPS), destaca que Santa Catarina apresenta índices de sobrepeso e obesidade iguais ou acima da média nacional.

Para tratar e combater essa doença, o sistema público de saúde catarinense conta com uma rede de assistência que desenvolve ações intersetoriais e presta atendimento multiprofissional desde a Atenção Primária à Saúde (APS) até a Atenção Especializada.

Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) revelam aumentos alarmantes de excesso de peso (sobrepeso e obesidade) em Santa Catarina, com destaque para: crianças de 5 a 10 anos (35%), população adulta (69%) e gestantes adolescentes (35%). Essas estatísticas mostram a necessidade de atenção especial nos diferentes ciclos de vidas, considerando as implicações para a morbimortalidade.

“Pessoas com sobrepeso ou obesidade enfrentam riscos de complicações clínicas e estigmas sociais, como discriminação e marginalização, muitas vezes sem entender que a obesidade é uma doença. A abordagem desse tema deve levar em conta fatores genéticos e sociais, promovendo uma discussão tanto individual quanto coletiva. Além disso, é importante fortalecer a promoção da saúde, incentivando ambientes que favoreçam a alimentação saudável e práticas de atividade física”, explica Dra. Priscila Juceli Romanoski, enfermeira e pesquisadora em Condições Crônicas e Promoção da Saúde, que atua na DAPS/SES.

Promoção da Saúde 

Atenta a esse cenário, a Secretaria de Estado da Saúde desenvolve ações de prevenção e promoção da saúde. Este ano, a área técnica de Condições Crônicas, vinculada à Gerência de Atenção, Prevenção e Promoção da Saúde da DAPS, atualizou a Linha de Cuidado de Atenção à Saúde de Pessoas com Sobrepeso e Obesidade em Santa Catarina. Também está trabalhando, junto com as regionais de saúde e municípios, para implementar essa linha, integrando os diferentes pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS) no SUS.

Atualmente, a SES tem fortalecido a Atenção Primária à Saúde através de educação permanente para uma abordagem diferenciada às pessoas com obesidade. As equipes multiprofissionais de ambulatórios são instruídas para realizar um cuidado compartilhado integrando os serviços habilitados em Santa Catarina, proporcionando uma cobertura estadual.

Ações intersetoriais são importantes para incentivar uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas. Para atingir crianças e adolescentes, o Programa Saúde da Escola possui 100% de adesão dos municípios catarinenses. Também há o Programa Academia da Saúde, com 112 polos distribuídos no estado. 

Atenção Hospitalar

Desde 2023, a SES tem atuado na ampliação da rede hospitalar para a realização de cirurgias bariátricas. Atualmente, Santa Catarina conta com oito hospitais para atendimento da Linha de Cuidado ao Paciente com Obesidade que atendem os pacientes de todas as regiões. São eles: Hospital Geral Tereza Ramos, de Lages; Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, de Joinville; Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, de São José; Hospital Universitário, de Florianópolis; Hospital Santo Antônio, de Blumenau; Hospital Azambuja, de Brusque; Hospital Dom Joaquim, de Sombrio; Hospital São Vicente de Paula, de Mafra e Hospital São Miguel de Joaçaba. Os três últimos foram incorporados ao sistema nesta gestão.

Para realizar a cirurgia bariátrica é preciso passar por algumas etapas pré-operatórias, incluindo acompanhamento na APS por no mínimo 2 anos com equipe multiprofissional. Tudo começa na Unidade Básica de Saúde, onde a equipe de Saúde da Família avalia a necessidade da cirurgia com base no Índice de Massa Corporal (IMC) e nas comorbidades apresentadas. Após dois anos de acompanhamento e outras abordagens de tratamento, o mesmo é inserido na fila de espera da Central de Regulação do Estado e, posteriormente, encaminhado para o hospital de referência da região do paciente. 

Clique para acessar a Linha de Cuidado ao Paciente com Sobrepeso e Obesidade

Fonte:

Governo SC

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