Crianças que viviam na casa com Lyan apresentavam cicatrizes pelo corpo, diz polícia
Vizinhos relataram que seguidamente ouviam gritos e choro das crianças no local.
Além do pequeno Lyan, que morreu após ter sido espancado pela tia no último final de semana, as outras seis crianças que moravam com ele apresentavam cicatrizes pelo corpo, relatou o delegado Marcelo Tescke, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Xanxerê, responsável pelo caso.
Ao todo eram sete crianças que viviam na residência localizada no distrito de Baía Alta, em Ponte Serrada, além dos tios – pais de dois dos menores – e uma idosa. Tescke disse que a família era bastante humilde e passava por necessidades.
Vizinhos relataram que seguidamente ouviam gritos e choro das crianças no local e várias denúncias foram feitas por conta dos maus-tratos, o que foi confirmado pela Polícia Civil.
Segundo o delegado, cinco das crianças – incluindo Lyan – eram irmãos e estavam na casa dos tios há apenas três meses. Porém, antes disso, todos moravam no Paraná, segundo a mãe, com a madrinha de um dos menores.
Tescke ainda relatou que todos os pequenos apresentavam lesões pelo corpo, com cicatrizes antigas, o que também chamou a atenção.
“Tudo indica, pelo relato delas [das crianças], que do local de onde elas vieram, onde estavam residindo antes, sinais claros de maus-tratos que serão apurados e encaminhados todos esses fatos pra delegacia do local para serem apurados”, frisou.
A tia do menino foi presa na noite desta quinta-feira, dia 10, no município de Videira, no Oeste de Santa Catarina. De acordo com a Polícia Civil, a acusada, de 32 anos, estava na casa da mãe.
A Polícia Militar informou em um boletim divulgado no último domingo, dia 6, que a ela tinha passagens policiais por arma branca. Porém, Marcelo preferiu não dar detalhes sobre a ficha policial da mulher, já que as investigações continuam em andamento.