Concórdia decreta lockdown parcial por quatro dias
Hospital da cidade pode entrar em colapso caso ações para conter o avanço do novo coronavírus não fossem tomadas pelo prefeito da cidade.
O município de Concórdia, no Oeste de Santa Catarina, vai parar as atividades não essenciais por quatro dias. O lockdown parcial foi anunciado pelo prefeito Rogério Pacheco em coletiva de imprensa nesta manhã de sexta-feira (26).
Conforme Pacheco, após diversas reuniões com os prefeitos da Amauc (Associação dos Municípios do Alto Uruguai) e também com a direção do Hospital São Francisco, passa a valer a partir das 18h de hoje até às 6h de quarta-feira (3) as medidas mais severas. O objetivo é conter o avanço da doença na cidade e municípios vizinhos, uma vez que o hospital pode entrar em colapso dentro de 48 horas.
“Diante da ascendência da contaminação, tivemos então que tomar uma decisão urgente. Não podemos correr o risco de pecar pela omissão. Temos que efetivamente nos posicionarmos e a decisão que foi encaminhada e avalizada pela Amauc é paralisar as atividades em Concórdia por quatro dias”, disse o prefeito em coletiva.
Até a manhã de quinta-feira (25), 14 pessoas aguardavam por leitos no hospital de Concórdia. A direção, inclusive, comunicou que o sistema de saúde poderá entrar em colapso em 48 horas caso medidas mais severas não forem tomadas.
Ainda, de acordo com o prefeito, Concórdia já adotou diversas medidas, dentre elas intensificação na fiscalização, projeto de lei que aplica multas e restrições de algumas atividades até as 23h, cedência de profissionais da saúde para o hospital, viabilização de 4 novos leitos aumentando de 16 para 20, a retomada a desinfecção nas ruas, abertura de uma nova unidade de retaguarda e testagem em mais de 53 mil pessoas.
“Essa medida vai ajudar no isolamento e na terça-feira (2) vamos avaliar novamente como está à situação, se mantemos as restrições ou voltar parcialmente com algumas atividades”, acrescenta o prefeito.
Ficam suspensas por tempo determinado todas as atividades não essenciais, inclusive o transporte coletivo. Os supermercados terão que tomar medidas mais restritivas, inclusive limitando o número de pessoas dentro do estabelecimento.