Chuvas e enchentes fazem disparar preços dos alimentos em SC; veja os mais impactados

Repolho, batata, morango e abobrinha tiveram os maiores acréscimo, segundo levantamento da Epagri.

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Foto: Banco de Dados Canva
Foto: Banco de Dados Canva

As chuvas e as enchentes que castigaram o Estado nas duas primeiras semanas de outubro fizeram os preços dos alimentos disparar. Uma pesquisa da Epagri mostra que os maiores aumentos foram registrados em produtos comuns na mesa dos catarinenses, como repolho, batata, morango e abobrinha. Nessa última, o valor para o distribuidor saltou 165,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

A apuração mostrou que, em média, os preços dos hortifrútis no mês de outubro em relação ao mesmo mês do ano anterior será 46,3% superior. “Parte em função dos efeitos eventos meteorológicos ocorridos até então, além dos outros que virão em decorrência de problemas na qualidade e redução no volume a ser colhido no final de 2023 e início de 2024”, explica a Epagri.

Dos 160 municípios de Santa Catarina que decretaram situação de emergência por causa dos temporais e inundações, 155 tiveram a área rural vistoriada até essa terça-feira (24). A constatação é de que 46.941 propriedades tiveram perdas. O resultado foi a redução da oferta do produtos para o distribuidor, que consequentemente pagou mais caro, e esse aumento vai chegar ao consumidor final.

Onde o impacto foi maior

No grupo das folhosas, flores e hastes, a Epagri identificou aumento nos preços de atacado de 68,2% considerando as três primeiras semanas de outubro. O destaque foi para o repolho, com 139,3% de acréscimo nas cotações na terceira semana desse mês em relação ao ano anterior. A couve-flor teve 79,5% de aumento e a alface chegou a 99,4% de acréscimo.

A chuva também provocou impactos nas frutas, com aumento de 39,6% considerando as três primeiras semanas de outubro. O morango, por exemplo, teve acréscimo de 27,3% no comparativo entre a segunda semana de outubro e a atual, segundo o levantamento da Epagri.

Oo grupo dos frutos, o aumento chegou a 51,4% considerando as três primeiras semanas de outubro. Com destaque para o abobrinha, com 165,6% de acréscimo, o pepino com 50,5% de aumento; e a vagem com 70,9% de acréscimo nos preços no mesmo período de outubro.

A Epagri apurou ainda a situação nas raízes, bulbos e tubérculos. Houve aumento nos preços de atacado de 25,7% em relação às duas primeiras semanas do ano anterior e de 26% considerando as três primeiras semanas de outubro. O destaque foi para a batata com 6,4% de aumento nas cotações na terceira semana de outubro em relação ao ano anterior.

Perda de qualidade

A Epagri afirma que muitas frutas que também foram afetadas ainda se encontram em desenvolvimento, “sendo que os efeitos na qualidade e volume de produção serão sentidos a partir de dezembro e primeiros meses de 2024”, frisa o órgão.

O levantamento prévio aponta problemas na qualidade da banana, cultura forte em Corupá, afetando as cotações com redução de 17,7% para a banana-caturra e 10,3% para a banana-prata no mesmo período de outubro. Efeito negativo também na cebola, principalmente no Alto Vale do Itajaí, com redução de 37% nos preços no mesmo período de outubro, em função da perda de qualidade na armazenagem.

Regiões mais afetadas

  • Alto Vale de Itajaí (15.284 propriedades)
  • Planalto Norte (10.233 propriedades)
  • Planalto Sul (3.730 propriedades)

Fonte:

NSC

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