Caso Jeff Machado: Polícia conclui inquérito e indicia ex-produtor
Ator catarinense foi encontrado dentro de um baú enterrado no RJ.
A Polícia Civil do Rio concluiu o inquérito da morte do ator Jefferson Machado da Costa, de 44 anos. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) indiciou três suspeitos pelo crime e encaminhou o inquérito à Justiça neste domingo (23) (veja abaixo quais crimes foram cometidos).
O corpo de Jeff Machado foi encontrado dentro de um baú enterrado a dois metros de profundidade e coberto de concreto em um casebre em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, no dia 24 de maio.
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Jeander Vinícius Braga foi detido no último dia 2 de junho. Em seguida, no dia 15 de junho, Bruno de Souza Rodrigues foi encontrado e preso no Morro do Vidigal. A terceira pessoa indiciada pela polícia é Jorge Augusto Barbosa Pereira, que está em liberdade.
A delegada Elen Souto, responsável pelas investigações, explicou que o mentor do crime foi o ex-produtor Bruno de Souza Rodrigues. Ele vai responder por oito crimes.
“Bruno de Souza Rodrigues foi indiciado pelo cometimento de oito crimes: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, estelionato tentado (por tentar vender o veículo e residência de Jefferson Machado), estelionato consumado por conseguir extrair da vítima R$ 25 mil após enganá-la prometendo vaga em uma novela, falsa identidade, invasão de computador/redes sociais, furto e maus-tratos de animais”, afirmou Elen Souto.
Indiciados pela Polícia Civil
Bruno de Souza Rodrigues foi indiciado por oito crimes:
- Homicídio triplamente qualificado
- Ocultação de cadáver
- Estelionato consumado (pela cobrança de R$ 25 mil pela vaga na novela e pelas compras no valor de R$ 7 mil com os cartões da vítima após sua morte)
- Estelionato tentado (pela tentativa de venda do carro e da casa da vítima após sua morte)
- Falsa identidade (por ter se passado por Jeff para falar com a família, para lugar o kitnet (onde a vítima foi enterrada) e ter contratado o serviço de transporte dos cachorros. E ainda por ter inventado um personagem, Giovani, como responsável pelo paadeiros dos cães)
- Invasão de dispositivo informático (por ter mantido pelas redes sociais de Jeff diálogo por mais de 10 com os familiares da vítima e por ter feito uma postagem em uma rede social do ator)
- Furto (por ter subtraído da casa da vítima, após a morte, quadros, dois celulares, uma televisão e um macbook)
- Maus-tratos aos animais (por ter dopado os cães e o levado para um terreno em Santa Cruz)
Jeander Vinícius da Silva Braga foi indiciado por três crimes:
- Homicídio triplamente qualificado
- Ocultação de cadáver
- Maus-tratos aos animais.
Jorge Augusto Barbosa Pereira foi indiciado por maus-tratos aos animais.
“O Jorge Augusto foi forneceu e emprestou aos suspeitos o seu centro espírita, localizado no bairro dos Palmares, em Santa Cruz. Jorge estava presente no dia em que Bruno levou os cães para lá, onde eles ficaram por três dias num local pequeno, com a circulação prejudicada, de baixa higiene, gerando intenso sofrimento físico e psicológico aos animais”, concluiu a delegada.
Relembre
Os investigadores afirmaram que o sonho de Jeff Machado em deslanchar na carreira artística foi usado por Bruno e Jeander para cometerem o crime. Bruno teria prometido a participação em uma novela em troca de dinheiro.
Sem parentes no Rio de Janeiro e vivendo em um lugar afastado, Jeff foi considerado uma “vítima perfeita”, de acordo com a polícia. Os investigadores afirmam que Bruno se passou pela vítima para alugar a casa usada para ocultar o corpo.
Segundo Jeander, o produtor Bruno dopou Jeff na casa do ator, o estrangulou e matou a vítima. Os dois colocaram o corpo num baú do ator e partiram para o casebre na Zona Oeste do Rio para ocultar o corpo.
No dia 27 de janeiro, familiares de Jeff comunicaram seu desaparecimento. Mas, o corpo do ator só foi achado no dia 22 de maio, enterrado no baú.
A polícia concluiu que a vítima foi morta em casa após ser dopada no da 23 de janeiro. “O homicídio foi cometido por motivo fútil, pelo emprego da asfixia e por impossibilidade de defesa da vítima, já que os autores deram um suco com alguma substância que o dopou”, explicou a delegada.