BRF afastou 06 funcionários com covid-19

A empresa não confirmou em quais unidades foram registrados os casos.

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Crédito: BRF/Divulgação
Crédito: BRF/Divulgação

A BRF frisou nesta quarta-feira, 15, em nota, que seis funcionários da empresa estão com covid-19. Todos eles já haviam sido afastados quando o diagnóstico da doença foi confirmado. A empresa não confirmou em quais unidades foram registrados os casos.

“Todos passam bem, estão recebendo o tratamento adequado”, informou a BRF.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou ao Valor Econômico, que recebeu denúncias de contágio em trabalhadores de abatedouros do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Goiás — região onde a produção de carne bovina é mais importante —, e as investigações devem ser feitas pelos procuradores de cada região.

Além disso, a BRF também sinalizou que pode reduzir o ritmo de abate de animais. A medida ainda não foi tomada pela empresa. Mas pode ser necessária caso a contaminação de funcionários pelo novo coronavírus aumente, informou o Valor Econômico.

A informação foi dada pelo CEO global da BRF, Lorival Luz. Em live promovida pela corretora Necton, ele afirmou que a empresa tem um “plano claro” para ajustar a produção caso seja necessário.

Questionado se já havia reduzido o plantel nas granjas, o executivo afirmou que “ainda não”. “Quando digo ainda é por que a gente não consegue prever o dia de amanhã”. Mas dado o cenário dos Estados Unidos – dezenas de frigoríficos do país reduziram a produção ou fecharam plantas por causa dos elevados índices de contaminação entre funcionários -, a possibilidade existe, disse o executivo.

“Não é impossível, até pela experiência nos EUA. A gente pode ter algum nível de contaminação que faça com que tenha que reduzir a velocidade da linha [de produção]”. Porém, os casos entre funcionários da BRF estão contidos, bem como no segmento em geral.

Além da velocidade de abates, o plantel nas granjas também teria de ser cortado em um cenário mais grave. “Se tem diminuição da produtividade da fábrica, tenho que assegurar que minha cadeia que venha de trás seja adaptada ao mesmo nível que sou capaz de produzir. Se não, começo a gerar acúmulo no campo”, justificou Lorival.

Diante do quadro de riscos e da necessidade de manter o abastecimento de alimentos no país, o CEO da BRF lembrou que a companhia já havia ampliado os estoques de produtos, deslocando-os para mais próximo dos clientes – atualmente, o varejo.





Fonte:

Valor Econômico

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