Autor de chacina em Saudades retorna ao hospital
Foi retirado um dreno que havia sido implantado quando ficou internado.
O autor da chacina na creche Pró-Infância Aquarela, em Saudades, no Oeste catarinense, retornou para o HRO (Hospital Regional do Oeste) em Chapecó, na manhã desta terça-feira (25).
O diretor do Complexo Prisional, Alecsandro Zani, explicou que o jovem retornou ao hospital para fazer a retirada de um dreno que havia sido implantado quando ficou internado.
“O procedimento aconteceu por volta das 7h. Foi rápido e ele já retornou para a unidade prisional”, relatou o diretor.
Em nota, o Hospital Regional do Oeste informou que o paciente estava “bem clinicamente, alimentando-se normalmente via oral, bom estado geral, ferimentos com excelente cicatrização e sem sinais de sequelas”. Ele foi atendido pelo médico cirurgião Jonathan Caon de Souza, que o cuidou desde a internação.
Também confirmou que foram retirados os drenos abdominais do assassino, um procedimento que faz parte do pós-operatório das cirurgias de urgência.
“Teve alta ambulatorial do nosso serviço e seguirá aos cuidados do Estado, no Presídio”, finaliza a nota.
Após o atentado, que aconteceu no começo do mês, o assassino ficou oito dias internado e deixou o hospital no dia 12 de maio. Durante o tratamento, o rapaz chegou a ser hospitalizado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), por conta dos ferimentos graves que se auto provocou no pescoço e na perna durante o ataque em Saudades.
O jovem continua em isolamento no Complexo Prisional de Chapecó até que a equipe entenda que ele tenha condições de ser colocado com os demais apenados, conforme Zeni.
Justiça aceita denúncia do MPSC
Na última segunda-feira (24), o juiz da Vara Única da comarca de Pinhalzinho, Caio Lemgruber Taborda, aceitou a denúncia do Ministério Público contra o jovem de 18 anos que atacou a creche Pró-Infância Aquarela, em Saudades. Desta forma, o acusado se torna réu no processo.
A partir da decisão do juiz, a defesa tem 10 dias para apresentar argumentos e listar testemunhas. Na sequência, inicia o prazo de cinco dias para que o Ministério Público se manifeste sobre a defesa apresentada. O magistrado decretou ainda que o processo deve tramitar em segredo de justiça.