Informações levantadas pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros do Rio de Janeiro indicam que o ator catarinense Jeff Machado, de 44 anos, morreu em janeiro deste ano. Os investigadores também suspeitam da participação de mais de uma pessoa no assassinato do artista.

Segundo o advogado Jairo Magalhães, que representa a família do ator, já há uma linha de investigação sobre a motivação do crime, mas segue em sigilo até o fim do inquérito. Magalhães também confirmou ao ND+ que duas pessoas prestaram depoimento nessa sexta-feira (26).

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Amigo suspeito do assassinato

Um amigo de Jeff é investigado por participação no homicídio. Os dois se conheceram em 2019, segundo familiares. O suspeito teria se presentado como assistente de produção de uma emissora e atraído o ator que sonhava com um papel de destaque na TV.

De acordo com o advogado da família, a casa onde o corpo de Jeff foi encontrado também estava alugada no nome desse amigo. Além disso, ele teria ficado na posse de chaves e documentos do artista, bem como tentado despistar a família sobre o desaparecimento de Jeff.

Causa da morte é inconclusiva, diz laudo

A causa da morte do ator também é investigada. O laudo da necropsia apontou que não foi possível identificá-la devido ao avançado estado de decomposição em que o corpo foi encontrado.

O perito, porém, apontou duas hipóteses para a causa: asfixia ou estrangulamento, já que o corpo de Jeff foi encontrado com um fio de telefone enrolado no pescoço. Para o advogado, não há dúvidas de que o ator foi vítima de homicídio.

Os restos mortais de Jeff foram encontrados na última segunda-feira (22) dentro de um baú de madeira, enterrado a dois metros de profundidade e, posteriormente, concretado, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo o advogado, o baú pertencia ao ator.

Despedida de Jeff Machado em SC

A cerimônia de despedida de Jeff ocorreu neste sábado (27) e lotou o Santuário Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Araranguá, no Sul catarinense, local onde o ator realizou o rito da igreja católica de primeira comunhão e crisma.

“É a dor mais doída que pode existir para uma mãe. Meu peito dói fisicamente porque meu filho não ficou doente, meu filho estava com saúde e alguém enganou meu filho. Ele foi morto com toda a vida, com toda a saúde”, disse a mãe Maria das Dores Machado. 

Das Dores ainda lembrou do filho com orgulho e saudade e pediu que a justiça dos homens seja feita. “Lindo, três faculdades, tinha sua casa, seu carro. Alguém se fez de amigo para ficar com o carro, com a casa, com o trabalho, com o que era dele, com a beleza dele, com tudo que ele tinha. Um anjo de luz”, afirmou.