As incríveis novas espécies de animais descobertas na bacia do Congo
Conhecida como o pulmão da África, área é a 2ª maior floresta tropical do mundo, abrangendo 6 países.
Um novo relatório divulgado nesta terça-feira (3) pela WWF (World Wide Fund for Nature), uma das mais reconhecidas ONGs de conservação ambiental do mundo, revelou que mais de 700 novas espécies de animais e plantas foram descobertas por cientistas na bacia do Congo nos últimos dez anos.
Entre as descobertas, estão uma nova espécie de pé de café, uma coruja com um canto estranho e um crocodilo com focinho fino.
Conhecida como o pulmão da África, a bacia do Congo é a segunda maior floresta tropical do mundo, abrangendo seis países. É também o maior sumidouro de carbono do mundo —um ecossistema que absorve mais dióxido de carbono do que libera.
O relatório detalha o trabalho de centenas de cientistas ao redor do mundo, e a WWF afirma que "destaca a notável biodiversidade, além das necessidades urgentes de conservação de um dos ecossistemas mais vitais do mundo".
No mês passado, a WWF publicou os resultados de um levantamento do mundo natural que indicou uma redução de 73% na população global de vida selvagem.
"A bacia do Congo não é tão conhecida, e muitas pessoas não estão cientes da sua importância", afirmou à BBC Jaap Van der Waarde, que trabalha na ONG como chefe de conservação da bacia do Congo.
Van der Waarde explica que, além de abrigar uma grande quantidade de biodiversidade exclusiva, a bacia do Congo é a última das grandes porções de floresta tropical do mundo que ainda absorve mais carbono do que emite —diferentemente da Amazônia, que vem perdendo essa capacidade.
"Novas espécies só podem ser defendidas se sua existência for promovida. E não vamos nos esquecer de que a bacia do Congo é extremamente necessária para a estabilização do clima", acrescenta.