Advogado que matou namorada tem fiança arbitrada mas, permanece detido
Entenda por que a fiança foi arbitrada.
A Polícia Civil arbitrou fiança de R$ 50 mil para o advogado Paulo de Carvalho Souza, 42, que admite ter matado a namorada, a também advogada Lucimara Stasiak, 30. Paulo se entregou depois de 25 horas de negociação com a Polícia Militar, na quarta-feira.
O delegado Ícaro Freitas, responsável pelo caso, explica por que arbitrou fiança. Segundo ele, não houve prisão em flagrante pelo homicídio, que ocorreu na quinta-feira (28). Mas houve flagrante por ocultação de cadáver.
"A pena máxima por ocultação de cadáver é 3 anos. (Para crimes) até 4 anos tenho que arbitrar fiança, de acordo com o código de processo penal" diz.
Paulo não pagou e foi levado ao presídio. Enquanto isso, a polícia apresentou à Justiça um pedido de prisão preventiva pelo assassinato. Duas horas depois, foi deferido – o que significa que o advogado permanecerá detido.
"Foi um crime muito cruel, mas não posso ser arbitrário, deixando de cumprir o que manda a lei" afirma o delegado.
Um inquérito foi instaurado para seguir apurando o crime. Na madrugada desta quinta-feira, foi emitida uma declaração de óbito, que permite ao Instituto Médico Legal (IML) liberar o corpo para a família. O laudo definitivo, com a causa da morte, deve sair nos próximos dias. O corpo tinha diversas marcas de facadas.
Lucimara será cremada em Balneário Camboriú. Depois, as cinzas seguirão para o crematório de Blumenau, onde terá uma homenagem organizada pela OAB, a partir das 15h.