Um homem de 33 anos acusado de matar a namorada de 22 na frente do filho do casal, um menino de 2 anos, foi condenado por lesão corporal seguida de morte. O crime ocorreu em Caçador, no Oeste catarinense, em novembro de 2020. A pena atribuída ao réu foi de oito anos, três meses e 16 dias de prisão em regime inicial semiaberto.

 A advogada Joice Ramos Reis, da defesa do réu, Marcelo Tonete Barboza, afirmou que "dada a decisão favorável, estamos analisando se vamos recorrer". O homem está preso desde o dia seguinte ao crime, mas estava em regime fechado, de acordo com a defesa.

 O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que representa a vítima, afirmou que vai pedir a anulação do julgamento, que ocorreu na quinta-feira (14).

O Poder Judiciário esclareceu que o réu foi denunciado por feminicídio. Porém, os jurados seguiram a argumentação das advogadas dele e desclassificaram o crime para lesão corporal seguida de morte.

 A advogada Joice Reis disse que a defesa "entende que, no caso, o cliente não teve a intenção de cometer o homicídio".

Crime

Segundo a polícia, em 30 de novembro de 2020, o homem invadiu a casa da companheira e deu um tiro na cabeça dela. Além disso, levou a criança, que viu o crime, para a casa de uma irmã dele.

 Em 6 de dezembro daquele ano, houve uma carreata em protesto. Com faixas e cartazes, os participantes do ato pediram justiça pela morte da jovem e foram de carros até o presídio onde o suspeito está preso.