Acusado de assassinar a companheira em Videira recebe pena máxima
Filho de 11 anos encontrou o corpo da mulher.
O acusado de assassinar a videirense Daniela Granemann, de 40 anos, foi condenado a 30 anos de prisão em regime inicialmente fechado, pena máxima prevista no Código Penal Brasileiro. A sentença foi proferida ao final do Júri Popular realizado nesta sexta-feira (08), Dia Internacional da Mulher, no Fórum da Comarca de Videira. Da sentença, cabe recurso
O feminicídio aconteceu em Videira no dia 9 de agosto de 2022, na casa da vítima. O crime revoltou a sociedade pela forma brutal como foi executado. Fábio Paiva de Melo assassinou a ex-companheira com 23 golpes de faca Ela foi encontrada morta pelo filho de apenas 11 anos.
O Tribunal do Júri acatou as teses do Ministério Público de Santa Catarina, com quatro agravantes. A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Videira havia denunciado o réu por homicídio com quatro qualificadoras – motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
O Júri foi presidido pelo Juiz Substituto Pedro Rios Carneiro. O Promotor de Justiça do caso foi o Dr. Vinícius Silva Peixoto. Como assistentes de acusação atuaram Jocemara Thibes de Campos e Mônica Grassi. E como advogado de defesa do réu atuou Ricardo Proença.
Os trabalhos iniciaram por volta das 09 horas, e a sentença foi proferida após as 17 horas. O Promotor de Justiça Vinícius Silva Peixoto destacou que o auditório do Fórum onde ocorreu o Tribunal do Júri estava lotado. “As pessoas presentes tinham o único objetivo de ver se ainda existe justiça. Esta foi a pena mais alta que já consegui em um júri, uma pena recorde, a pena máxima prevista em lei. Espero que com isso o anseio das pessoas que pediam por justiça tenha sido atendido”.
Crime
Segundo consta nos autos, o réu atingiu a ex-companheira, Daniela Granemann, com um objeto perfurocortante e golpeou Daniela pelo menos 23 vezes. Em seguida saiu do local do crime e ocultou a arma utilizada.
Horas depois o acusado se apresentou à Polícia com o advogado, foi interrogado, mas acabou sendo liberado por não estar em flagrante delito. No dia seguinte, foi preso preventivamente e permaneceu na Unidade Prisional Avançada de Videira.
